Era pra ser mais um dia de serviço. Mas o que deveria ser rotina se transformou numa tragédia de cortar o coração. Neste domingo, primeiro de setembro, o Cabo da PM Rodrigo Merlino, um homem de 53 anos que dedicou a vida à corporação, foi atingido durante um confronto na Vila dos Pinheiros, no complexo do Chapadão.
Imagina só: quase trinta anos de estrada, conhecia cada pedra daquela região. E, de repente, tudo acaba. O socorro veio rápido, é verdade. Os colegas não mediram esforços, levaram ele correndo para o Hospital Estadual Albert Schweitzer. Mas os ferimentos... eram graves demais.
Não deu tempo. A notícia correu pelos corredores da delegacia e deixou todo mundo em choque. Como é que um cara com tanta experiência, que já viu de tudo, acaba sendo pego assim? A sensação é de impotência, sabe?
Uma Vida Inteira na Farda
Merlino não era um novato. Muito pelo contrário. Ele estava lá, na linha de frente, desde os tempos em que o Rio era outro. Integrava o BPChoque, uma unidade de elite que exige sangue frio e preparo físico dos melhores. Recentemente, estava lotado no 15º BPM, conhecido como Araçatuba.
Trinta anos servindo ao estado. Trinta anos saindo de casa sem saber se voltaria. E, infelizmente, dessa vez, ele não voltou.
O Que Aconteceu no Chapadão?
Os detalhes ainda são um quebra-cabeça. A Polícia Civil, através da 39ª DP, está com a case nas mãos agora. Eles correm atrás de pistas, imagens de câmeras, qualquer coisa que possa levar até quem puxou o gatilho.
Mas uma coisa é certa: a violência naquela área não dá trégua. E os PMs, que são humanos como qualquer um de nós, pagam um preço altíssimo por tentar manter uma ordem que, muitas vezes, parece impossível.
O governador já se manifestou, a corporação está de luto. Mais um nome na lista triste dos que partiram no cumprimento do dever. E a pergunta que fica, ecoando nas ruas e nas casas dos cariocas, é: até quando?
