Não foi um dia qualquer no bairro de Messejana, em Fortaleza. Por volta das 10h da manhã, o que parecia ser uma abordagem policial rotineira se transformou num pesadelo. Dois indivíduos — devidamente fardados como agentes da Polícia Civil — chegaram em um veículo prata. Tudo muito convincente. Até que sacaram as armas.
"Parecia legitimo, até o momento em que ouvi os tiros", relatou uma testemunha que preferiu não se identificar. O alvo? Um homem de 38 anos, atingido com pelo menos seis disparos. Os criminosos fugiram como fantasmas, deixando para trás apenas o eco da violência.
O que sabemos até agora:
- Modus operandi: Os bandidos usaram coletes e crachás falsos — um golpe cada vez mais comum no Nordeste
- Vítima: Tinha passagem por roubo, mas familiares garantem que estava "recomeçando"
- Reação das autoridades: A Polícia Civil confirmou que NENHUM de seus agentes estava no local
E aqui vem o detalhe mais perturbador: segundo vizinhos, os assassinos pareciam conhecer perfeitamente a rotina da vítima. Esperaram ela sair de casa, como quem marca um encontro macabro. "Foi coisa de milísegundos — nem deu tempo de reagir", contou um comerciante ainda em choque.
A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, mas esbarra num muro de silêncio. Num bairro onde o medo fala mais alto que a justiça, as pistas podem se perder na poeira do asfalto quente. Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: quantos outros estão por aí, vestindo a pele de protetores para agir como lobos?
