Ex-policial que assassinou quatro colegas no Ceará tem prisão substituída por internação hospitalar
Ex-policial terá prisão convertida em internação após matar 4 colegas

O caso que abalou o interior do Ceará em 2025 ganhou um novo capítulo esta semana. O ex-agente da lei — cujo nome a mídia evitou divulgar para preservar as famílias — teve sua sentença transformada de prisão comum para internação compulsória. Quatro vidas perdidas num único dia, tudo dentro de uma delegacia que deveria ser sinônimo de segurança.

Segundo fontes próximas ao processo, o juiz considerou laudos psiquiátricos que apontavam "grave surto psicótico" no momento dos crimes. Não é justificativa, claro, mas talvez explicação — se é que algo pode explicar o inexplicável.

O que aconteceu naquela tarde?

Testemunhas descrevem cenas de pesadelo: o colega de farda, sem motivo aparente, sacou a arma e disparou contra quem estava mais próximo. Três morreram no local; o quarto agonizou por horas. O quinto sobreviveu por puro acaso — estava no banheiro quando começou o tiroteio.

Psiquiatras forenses argumentam que o agressor apresentava:

  • Histórico não tratado de transtorno dissociativo
  • Sinais claros de burnout policial
  • Episódios anteriores de alucinações auditivas

Não é a primeira vez que a Justiça cearense enfrenta dilemas assim. Em 2023, um caso parecido em Sobral levantou debates sobre a saúde mental nas corporações. Será que estamos cuidando de quem nos protege?

E agora?

A decisão divide opiniões. Enquanto alguns familiares das vítimas aceitaram a medida — "ele precisa pagar, mas precisa de ajuda", disse uma viúva —, outros protestam em frente ao fórum local. "Justiça seria cadeia", gritava um cartaz.

O ex-policial deve ser transferido para uma clínica especializada em Fortaleza ainda este mês. Seu tratamento será monitorado mensalmente, e a progressão dependerá de avaliações multidisciplinares. Enquanto isso, quatro caixões permanecem enterrados no sertão — e dúzias de vidas, despedaçadas.