
O cenário que ninguém esperava: um ônibus transformado em palco de violência. João Igor, cantor de 26 anos, virou notícia por um motivo que nada tem a ver com música. Na última quinta, um tiro disparado por um PM atingiu o artista dentro de um coletivo na Zona Leste de São Paulo. Coisas da vida — ou melhor, da falta dela.
Depois de quatro dias no hospital, o moço recebeu alta. Mas a história tá longe de acabar. "Ele vai precisar de cirurgia pra tirar o projétil que ainda tá alojado", contou um amigo da família, enquanto tomava um café bem carregado na padaria da esquina. O que era pra ser só mais um dia comum virou pesadelo.
O que rolou no ônibus?
Segundo testemunhas — e aqui a coisa fica esquisita —, os PMs teriam confundido o cantor com um suspeito. Típico daquela correria desgraçada que a gente vê todo dia nas ruas. O comandante da PM prometeu investigar, mas você sabe como é: quando a fumaça baixa, o caso vira só mais um número nas estatísticas.
João Igor, que faz shows em bares da região, agora tem outra plateia: médicos, advogados e repórteres. A família dele, toda arrepiada com a situação, diz que ele tá firme. "Mas com medo, claro. Quem não ficaria?", soltou a irmã enquanto arrumava as flores que chegaram pra ele.
E agora, José?
O procedimento cirúrgico tá marcado pra semana que vem. Enquanto isso, o cantor — que antes só se preocupava em afinar a voz — agora tem que lidar com dores, remédios e aquele incômodo chato de não saber quando vai poder voltar aos palcos. A PM, por sua vez, soltou aquele comunicado padrão: "O caso está sendo apurado com rigor". Só nos resta torcer pra que, dessa vez, a justiça — com J maiúsculo — faça seu trabalho.
Ah, e detalhe: o advogado da família já anunciou que vai entrar com ação. Porque no Brasil de hoje, ou você briga pelos seus direitos, ou vira estatística. E João Igor, coitado, merece mais que isso.