Violência contra mulheres no Brasil: números assustadores revelam crise sem precedentes
Violência contra mulheres: números alarmantes no Brasil

Os números são de cortar o coração. A cada hora, três mulheres são agredidas no Brasil — e isso é só o que aparece nas estatísticas. A realidade, sabemos bem, pode ser ainda mais sombria. Os dados mais recentes pintam um retrato desolador: um aumento de 18% nos casos de violência doméstica só no último ano.

Não são apenas números. São vidas. Filhas, mães, avós — mulheres que acordam com medo e dormem (quando conseguem) com o mesmo terror martelando na cabeça. E o pior? A sensação de impunidade que paira no ar como uma névoa pesada.

Onde estamos falhando?

Especialistas apontam três gargalos principais:

  • Falta de estrutura: Delegacias da Mulher operando com equipes mínimas
  • Demora judicial: Processos que se arrastam por anos
  • Cultura machista: Raiz do problema que resiste a mudanças

"É como enxugar gelo", desabafa uma delegada que prefere não se identificar. Ela trabalha há 15 anos numa DEAM no interior de São Paulo e vê, dia após dia, mulheres desistirem de denunciar. "Quando a vítima volta atrás, o agressor se sente ainda mais impune."

O que dizem os números

Os dados — esses sim, implacáveis — mostram que:

  1. A cada 7 minutos uma mulher sofre agressão física
  2. 76% dos feminicídios são cometidos por parceiros ou ex-parceiros
  3. Somente 35% das vítimas buscam ajuda oficial

E aqui vai um dado que deveria nos envergonhar: o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídios. Sim, estamos à frente de países em guerra declarada.

Há luz no fim do túnel?

Algumas iniciativas trazem esperança. O aplicativo Salve Maria, desenvolvido por uma startup pernambucana, já ajudou a salvar mais de 300 vidas apenas neste ano. Funciona assim: com um toque discreto no celular, a vítima aciona um alerta silencioso que chega imediatamente à polícia.

Mas tecnologia sozinha não resolve. Precisa vir acompanhada de educação — daquela que começa em casa, que ensina meninos a respeitar e meninas a não aceitar menos do que merecem.

Enquanto isso, nas ruas, o grito silencioso de milhares de mulheres ecoa. Será que estamos mesmo ouvindo?