
Parece uma boa notícia, não é? Em Juiz de Fora, os casos de violência contra mulheres caíram quase 13% no último ano. Mas segure aí antes de comemorar – a delegada responsável pelo caso soltou um alerta que faz a gente pensar duas vezes. Será que os números refletem mesmo a realidade?
Os dados, divulgados nesta semana, mostram uma queda significativa. Só que... (e sempre tem um 'só que', né?) a delegada Patrícia Mendes, que chefia a Delegacia Especializada, soltou o verbo: "A gente não pode cair no conto do vigário. Muita gente ainda tem medo de denunciar." E olha que ela sabe do que tá falando – são mais de 15 anos lidando com esse tipo de caso.
O que os números não contam
Você já parou pra pensar por que tantas mulheres ainda engolem sapo e não procuram ajuda? Medo de represália, vergonha, dependência financeira – a lista é longa. E pior: em tempos de crise econômica, a situação pode ficar ainda mais complicada.
- Dados oficiais mostram X ocorrências em 2024
- Queda mais acentuada nos casos de ameaça (15%)
- Lesão corporal diminuiu 11%
Mas espere um minuto – será que as vítimas estão realmente mais seguras ou será que estão sofrendo em silêncio? A delegada não tem dúvidas: "Toda redução é bem-vinda, mas precisamos manter os pés no chão."
O outro lado da moeda
Enquanto isso, os serviços de apoio continuam lotados – o que, paradoxalmente, pode ser um bom sinal. "Quando a gente vê os centros de referência cheios, pode significar que as mulheres estão buscando ajuda antes de virar estatística", explica uma assistente social que preferiu não se identificar.
E tem mais: os canais de denúncia online registraram aumento de 20% no mesmo período. Coincidência? Difícil dizer. O que sabemos é que a violência doméstica é um bicho esperto – quando pressionado num canto, sempre arruma outro jeito de aparecer.
No final das contas, os números são importantes, mas não contam toda a história. Como dizia minha avó: "Nem tudo que reluz é ouro, e nem tudo que balança cai." Fica a dica.