
O tribunal de justiça maranhense acabou de fechar um daqueles casos que deixam qualquer um com o estômago embrulhado. Dois homens – imagine só – tios das próprias vítimas, foram condenados a 22 anos de cadeia por estuprar as sobrinhas em Bom Jardim.
E não foi coisa de um dia, não. O horror se arrastou por meses, talvez anos, contra essas meninas que mal tinham saído da infância. Os abusos começaram quando elas tinham entre 8 e 12 anos, segundo as investigações que a polícia conseguiu montar.
O mais revoltante? Os crimes aconteciam dentro da própria casa das vítimas, num distrito chamado Boa Vista do Axixá. Lugares que deveriam ser refúgio viraram cenário de pesadelo.
Como o caso veio à tona
Tudo começou a desmoronar quando uma das meninas resolveu contar tudo para a mãe. Coragem dessa criança, hein? A mãe, claro, ficou desesperada e foi direto para a delegacia mais próxima. Isso foi em abril do ano passado, e desde então a máquina da justiça começou a girar.
Os investigadores não perderam tempo. Reunindo provas, ouvindo testemunhas e coletando depoimentos tão doloridos que até o mais experiente dos delegados precisou respirar fundo. As meninas contaram tudo, nos mínimos detalhes, o que deixou o caso praticamente incontestável.
A sentença que traz algum alívio
Na última quarta-feira, o juiz Carlos Frazão não teve dúvidas: 22 anos para cada um dos acusados. E olha, a sentença foi pesada mesmo – regime inicial fechado, sem direito a fiança ou qualquer outro benefício que pudesse amenizar a punição.
Os crimes enquadrados foram estupro de vulnerável e corrupção de menores. A justiça considerou que os homens se aproveitaram da confiança e do parentesco para cometer essas barbaridades.
O que me deixa pensando: como alguém consegue fazer isso com a própria família? É uma pergunta que não quer calar, e talvez nunca tenhamos resposta.
O recado ficou claro
Essa condenação manda um aviso importante para quem acha que pode cometer esse tipo de crime, especialmente no interior, onde às vezes as coisas são abafadas. A justiça está de olho, e a população também.
Enquanto isso, as meninas tentam reconstruir a vida longe dos agressores. Um processo doloroso, lento, mas necessário. A comunidade de Bom Jardim ficou marcada por esse caso, mas mostrou que não vai tolerar violência contra crianças.
E agora? Os condenados ainda podem recorrer – sempre podem – mas a sentença já deixou claro que a justiça maranhense não brinca em serviço quando o assunto é proteger os mais vulneráveis.