Um homem suspeito de assassinar sua ex-namorada após um pedido de reconciliação durante um show musical foi formalmente indiciado não apenas pelo homicídio, mas também por stalking (perseguição). O caso, que ocorreu na Paraíba, ganhou repercussão nacional e reacendeu discussões sobre violência contra a mulher e a eficácia das medidas protetivas.
Segundo as investigações, o crime aconteceu quando a vítima, que havia terminado o relacionamento há algumas semanas, foi abordada pelo ex-companheiro no meio do público durante um evento cultural. Testemunhas relataram que ele subiu ao palco, fez um discurso emocionado pedindo para retomar o namoro e, ao ser recusado, sacou uma arma e efetuou os disparos.
Perseguição anterior
A polícia descobriu que o acusado já vinha assediando a vítima há meses, com mensagens ameaçadoras, visitas não autorizadas ao seu local de trabalho e vigilância constante de suas redes sociais. "Ele criou perfis falsos para monitorá-la após ser bloqueado", revelou um delegado envolvido no caso.
Reação da comunidade
O crime chocou a região e levou a manifestações de grupos feministas, que cobram maior rigor na aplicação da Lei Maria da Penha. "Precisamos de políticas efetivas para coibir esse tipo de violência", declarou uma ativista presente aos protestos.
O suspeito está preso preventivamente e responderá pelos crimes de feminicídio qualificado e perseguição. Se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.
