
Imagine caminhar pela movimentada São Paulo e saber que a maioria dos lugares que você frequenta simplesmente ignora sua segurança. Pois é exatamente isso que está acontecendo - e a situação é mais grave do que imaginávamos.
Um levantamento recente, daqueles que fazem a gente perder a fé na humanidade, mostrou que 75% dos estabelecimentos comerciais da capital paulista estão dando um belo de um calote nas normas de proteção às mulheres. Três em cada quatro! Não é pouca coisa, não.
O que a lei exige (e ninguém está cumprindo)
A legislação não é nenhum bicho de sete cabeças - basicamente, pede medidas preventivas contra violência doméstica e familiar. Mas parece que para muitos empresários, seguir a lei é opcional. Que absurdo, não?
- Sinalização clara sobre os direitos das mulheres
- Capacitação da equipe para identificar situações de risco
- Protocolos de atendimento emergencial
- Espaços seguros dentro dos estabelecimentos
Nada disso está sendo feito direito. E olha que estamos falando de lugares onde mulheres passam boa parte do seu tempo: shoppings, bares, restaurantes, mercados...
Por que isso mexe com todo mundo?
Quando uma mulher sofre violência num lugar público e não encontra apoio, a culpa não é só do agressor. É de todo um sistema que virou as costas. E São Paulo, que se gaba de ser moderna e desenvolvida, está falhando feio nessa questão.
O pior? Muitos estabelecimentos nem sabem que existem essas obrigações. Outros sabem, mas fingem que não é com eles. E tem aqueles que até sabem, mas acham que é muito trabalho para pouco retorno. Triste, muito triste.
Enquanto isso, as mulheres seguem vulneráveis. E a cidade, que deveria ser um espaço de convivência segura para todos, acaba se tornando mais um palco de inseguranças e medos.
E agora, José?
A fiscalização precisa apertar, claro. Multas pesadas talvez façam alguns acordarem para vida. Mas não é só isso - a conscientização tem que vir primeiro.
Os estabelecimentos que já cumprem a lei deveriam ser exemplos, ganhar selos de qualidade, ser divulgados como lugares realmente seguros. Quem sabe assim a concorrência não se anima a seguir o exemplo?
E nós, cidadãos comuns, podemos fazer nossa parte também. Questionar, exigir, escolher onde gastar nosso dinheiro baseado nesse critério. Afinal, segurança não é detalhe - é direito básico.
São Paulo pode e deve fazer melhor. As mulheres paulistanas merecem muito mais do que essa negligência generalizada. Bora pressionar por mudanças?