Única Sobrevivente de Chacina em Joinville Relata Pesadelo: 'Acordei com Tiros'
Sobrevivente relata chacina que matou família em Joinville

O silêncio da madrugada em Joinville foi quebrado de forma brutal. E de repente, o que era para ser mais uma noite comum se transformou num pesadelo do qual ela nunca vai conseguir escapar completamente. "Acordei com os tiros", conta a mulher, única sobrevivente de uma chacina que vitimou sua própria família.

Imagina só: você está dormindo tranquilamente e, de repente, o barulho ensurdecedor de disparos te arranca do sono. O coração dispara, o desespero toma conta. Foi assim que tudo começou naquela residência humilde no bairro Costa e Silva, zona norte da cidade.

Uma noite que se transformou em eternidade

A vítima – que prefere não ter a identidade revelada por questões de segurança – descreve os minutos seguintes como uma sequência de imagens borradas, quase surreais. "Tentei me esconder, mas já era tarde demais para minha família", relata com voz trêmula. Sua esposa e seus dois filhos, um adolescente de 17 anos e uma criança de apenas 11, não tiveram a mesma sorte.

Os criminosos, segundo as primeiras investigações, invadiram a casa por volta das 3h da madrugada. A Polícia Civil ainda trabalha com várias hipóteses – dívida com tráfico, vingança pessoal, até mesmo caso de mistaken identity. Mas a verdade é que, no final das contas, pouco importa o motivo para quem perdeu tudo.

O que restou depois da tragédia

Além da dor insuportável, a sobrevivente ficou com marcas físicas – ferimentos a bala que exigem tratamento contínuo. Mas são as cicatrizes emocionais que mais preocupam os profissionais que a acompanham. Como seguir em frente quando tudo que você amava foi arrancado de você num piscar de olhos?

Os vizinhos – aqueles que ouviram os disparos mas não imaginaram a dimensão da tragédia – agora vivem com medo. A sensação de insegurança tomou conta da comunidade. "A gente nunca espera que algo assim aconteça tão perto", comenta um morador que preferiu não se identificar.

Investigação corre contra o tempo

Enquanto isso, a delegada responsável pelo caso afirma que todas as pistas estão sendo investigadas rigorosamente. As câmeras de segurança da região foram confiscadas, e os peritos trabalham na análise dos vestígios balísticos. A expectativa é que em breve os responsáveis sejam identificados e presos.

Mas você sabe como é – a justiça pode até ser feita, mas o vazio que fica... esse ninguém pode preencher. A sobrevivente, agora sob proteção policial, tenta reconstruir sua vida do zero. Uma vida que, vamos combinar, nunca mais será a mesma.

Joinville, que se orgulha de ser a "Cidade das Flores", hoje chora mais uma página de violência escrita em sua história. E a pergunta que fica ecoando é: até quando?