
Imagine um lugar onde o medo finalmente encontra alívio. Onde o silêncio quebrado pela violência ganha voz acolhedora. Pois é exatamente isso que Rio das Ostras acaba de ganhar: a Sala Lilás não é apenas mais uma iniciativa - é um verdadeiro oásis de esperança para tantas mulheres que sofrem caladas.
Inaugurada nesta quarta-feira (3), no coração do Posto de Saúde da Extensão do Bosque, a sala representa muito mais que quatro paredes. É a materialização de um compromisso social urgente - e que já deveria existir há tempos, diga-se de passagem.
Atendimento que transforma vidas
O que faz essa iniciativa ser tão especial? A integração. Não é só discurso bonito não. Lá, a vítima encontra tudo num lugar só: atendimento social, psicológico e até orientação jurídica. Parceria entre Secretaria de Bem-Estar Social e Saúde - porque violência também é questão de saúde pública, né?
"A violência contra mulher é uma chaga social que precisa ser combatida com políticas públicas eficazes", diz a secretária de Bem-Estar Social, Tânia Magalhães. E ela tem toda razão. Mas o legal é que não ficou só no papo: botaram a mão na massa mesmo.
Como funciona na prática?
- Atendimento social imediato - sem burocracia que desanima
- Apoio psicológico especializado - porque ferida da alma dói mais
- Encaminhamento para rede de proteção - ninguém fica perdida por aí
- Orientação sobre direitos e medidas protetivas - informação é poder
E olha só que importante: o espaço também vai acolher crianças e adolescentes vítimas de violência. Porque essas marcas, quando ficam na infância, podem doer a vida inteira.
Um passo histórico para a cidade
O prefeito Marcelo Corrêa não escondeu o orgulho durante a inauguração. "É uma honra implementar esse serviço tão necessário", afirmou. Mas vai além do discurso político - é uma conquista real para a comunidade.
Rio das Ostras se junta agora a outros municípios que entenderam uma coisa básica: combater violência exige mais que delegacia. Exige humanidade. Exige acolhimento. Existe um jeito de fazer as coisas que não seja revitimizar quem já sofreu demais?
O horário de funcionamento facilita a vida de quem precisa: segunda a sexta, das 8h às 17h. E o melhor? Tudo gratuito, como deve ser. Porque direito não tem preço - mas a omissão, essa sim, custa caro demais.
Agora é torcer para que outras cidades sigam o exemplo. Porque toda mulher merece viver sem medo. E toda vítima merece ser ouvida - não julgada.