Feminicídio em Pernambuco: Réu ameaça irmã da vítima e promotor durante júri e pega 29 anos
Réu ameaça irmã da vítima em júri e é condenado a 29 anos

O clima no Fórum de Justiça de Pernambuco estava pesado como chumbo naquela tarde de quarta-feira. O réu, já acusado de um feminicídio que deixou a região em choque, decidiu que seu espetáculo de horror não terminaria com o crime – e partiu para ameaças diretas contra a irmã da vítima e até o promotor de Justiça. Um verdadeiro circo de horrores, digno dos piores pesadelos.

Não bastasse a brutalidade do assassinato (que, convenhamos, já seria mais do que suficiente para uma vida inteira atrás das grades), o indivíduo ainda achou por bem transformar o júri popular num palco para suas intimidações. "Vocês vão ver o que vai acontecer", soltou, com aquele sorriso que dá arrepios na espinha. Detalhe: tudo registrado em ata, com direito a testemunhas de sobra.

O peso da lei

Os jurados, é claro, não ficaram nem um pouco impressionados com o teatrinho. Pelo contrário – a cena patética só serviu para engrossar o caldo da condenação. Resultado? 29 anos e 8 meses de cadeia, uma sentença que ecoou como um tapa de luva na cara da impunidade.

E olha que o caso já era grave antes mesmo dessa palhaçada no tribunal. Segundo as investigações, o crime foi cometido com requintes de crueldade que nem caberiam num roteiro de filme B. A vítima, uma mulher de 32 anos, teve sua vida interrompida de maneira fria e calculista – o tipo de coisa que faz a gente questionar até onde vai a sanidade humana.

Repercussão e revolta

Não é difícil entender a comoção que o caso causou. Nas redes sociais, os comentários iam desde "cadê a pena de morte?" até reflexões mais profundas sobre a cultura de violência contra a mulher que, infelizmente, ainda persiste em nosso meio. Até os mais céticos tiveram que concordar: o sistema falhou redondamente em proteger essa vítima.

O promotor do caso, que preferiu não se identificar, foi enfático: "Isso aqui não é filme de ação onde o vilão faz discurso e sai impune. A Justiça funciona, ainda que a passos lentos". E de fato – a sentença veio como um alívio para quem ainda acredita no Estado de Direito.

Enquanto isso, a família da vítima tenta reconstruir a vida sob a sombra dessa tragédia. A irmã, alvo direto das ameaças, recebeu medidas protetivas – um consolo pequeno diante do tamanho da perda. "Ela era luz pura", desabafou uma prima durante o júri, em lágrimas que diziam mais que mil discursos.