
Era pra ser um lugar seguro. O próprio lar. Mas na Bahia, mais especificamente num bairro que prefiro não nomear pra preservar a vítima, o inacreditável virou realidade. Um homem, que deveria ser porto seguro, foi preso sob a acusação de estuprar a própria filha. Sim, você leu certo. A própria filha.
A polícia baiana não perdeu tempo — diga-se de passagem, algo raro nesses casos. Receberam a denúncia e em menos de 24 horas já tinham o suspeito algemado. O crime teria acontecido ao longo de meses, segundo fontes próximas à investigação. A vítima? Uma adolescente que mal começou a viver.
O QUE SABEMOS ATÉ AGORA
Detalhes são escassos — e olha, até que bom, porque alguns relatos são de cortar o coração. Mas o essencial é isso:
- A menina teria contado tudo pra uma professora, que acionou o Conselho Tutelar
- Exames no IML confirmaram os abusos (sim, no plural)
- O pai, que negou tudo, foi pego em flagrante tentando fugir
Parece roteiro de filme ruim, mas infelizmente é a pura realidade. E o pior? Não é caso isolado. Só este ano, a Bahia já registrou 18 situações parecidas. Dezoito. Dá pra acreditar?
E AGORA, JOSÉ?
A pergunta que não quer calar: o que leva um ser humano a isso? Psicólogos ouvidos pela reportagem falam em "ciclo de violência", "traumas não resolvidos". Mas convenhamos — explicação não é justificativa. A menina vai carregar marcas pro resto da vida.
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso explode. Alguns (pasme!) até tentam defender o indefensável. "Ah, mas deve ter provocado". Não, gente. Não existe "mas" nessa história. Criança é criança. Ponto final.
O suspeito agora aguarda julgamento. Se condenado, pode pegar até 30 anos. Trinta anos que não vão apagar o que aconteceu, mas pelo menos garantem que não vai repetir com outra. Porque sim — estatísticas mostram que reincidência nesses casos beira os 70%.
E a menina? Sob proteção do Estado, começando um longo processo de recuperação. Torcemos — eu incluso — para que um dia ela consiga reconstruir a vida. Porque ninguém merece começar a existência com uma ferida dessas.