
Um caso que mistura crueldade e cálculo está deixando o Sertão da Paraíba em estado de choque. Dois homens — pai e filho — foram algemados pela polícia sob a acusação de arquitetar um feminicídio disfarçado de acidente de trânsito. A vítima? Uma mulher que, segundo investigações, teria sobrevivido por um triz ao ser atropelada de forma suspeita.
Detalhes revelados pelas autoridades dão arrepios: os suspeitos teriam estudado rotinas da vítima, escolhido locais desertos e até simulados "testes" antes do ataque. "Não foi impulso, foi projeto", disparou um delegado envolvido no caso, cujo nome preferiu não divulgar.
O que se sabe até agora:
- A prisão ocorreu após denúncias anônimas e análise de câmeras de segurança
- Os celulares dos acusados continham mensagens perturbadoras trocadas semanas antes do atropelamento
- A vítima, que sofreu fraturas graves, já tinha registrado ameaças anteriores contra os detidos
Curiosamente — ou assustadoramente —, os suspeitos mantinham aparência de cidadãos comuns. Vizinhos entrevistados pela reportagem usaram frases como "nunca imaginei" e "sempre cumprimentavam". Um retrato clássico daquela violência que não avisa, mas se esconde atrás de sorrisos.
O delegado-chefe da região fez questão de enfatizar: "Isso aqui não é só mais um caso policial. É um recorte do que tá rolando no Brasil inteiro — mulheres morrendo por serem mulheres". Dados do ano passado, aliás, mostram que a Paraíba ocupa o 7° lugar no ranking nacional de feminicídios.
Enquanto os dois aguardam julgamento no presídio regional, o debate sobre proteção às vítimas de violência doméstica ganha novos capítulos. Afinal, quantas vidas precisam ser interrompidas antes que a sociedade acorde de vez?