
Numa tarde que começou como qualquer outra em Betim, um garoto de 12 anos virou notícia pelos piores motivos. O padrasto — que devia proteger — transformou a casa num ringue improvisado. Tudo porque, segundo ele, o menino estava com "pirraça".
O caso, que mais parece roteiro de filme trágico, aconteceu no bairro Capelinha. A vizinhança ouviu gritos, mas ninguém imaginava a brutalidade. Quando a PM chegou, encontrou a cena:
- O adolescente com hematomas no rosto, braços e costas
- O agressor ainda com as mãos vermelhas da "correção"
- A mãe em choque, sem acreditar no que o marido fez
Da "educação" à delegacia
O que o padrasto chamou de "lição" virou boletim de ocorrência. Os policiais não compraram a desculpa esfarrapada — até porque, convenhamos, espancamento nunca foi método pedagógico reconhecido.
"Ele disse que só estava ensinando limites", contou um dos PMs, com aquele tom de quem já viu cada coisa nessa vida. Pois é: o "professor" acabou aprendendo, na marra, o significado do artigo 136 do Código Penal (lesão corporal).
E agora, José?
A vítima foi levada para o Hospital Municipal de Betim. Os médicos constataram:
- Contusões múltiplas
- Traumas emocionais (esses, mais difíceis de curar)
- Medo — muito medo — de voltar para casa
Enquanto isso, o "corretor" de pirraças aguarda na cadeia. A Justiça vai decidir se ele merece um tempo atrás das grades para repensar seus métodos educativos duvidosos.
Moradores do bairro comentam que o homem já tinha histórico de explosões de raiva. "Dessa vez passou dos limites", disse uma vizinha que pediu anonimato — com medo, quem sabe, de levar uma "lição" também.