
Imagine a cena: uma criança de 12 anos, diagnosticada com autismo, vira alvo da própria família. Em Goiás, um padrasto — que deveria proteger — transformou-se em algoz. A vítima? Um menino que sequer conseguia entender a brutalidade que sofria.
Segundo relatos, o agressor usou um martelo para desferir golpes contra o enteado. Sim, um martelo. O objeto que deveria consertar coisas virou arma. A vizinhança, ao ouvir os gritos, não pensou duas vezes: chamou a polícia.
"Foi como ver um filme de terror", diz vizinha
Uma moradora, que preferiu não se identificar, descreveu a cena com voz trêmula: "Parecia coisa de cinema, sabe? Só que era real. Aquele barulho de metal batendo... e o silêncio do menino depois".
Quando os policiais chegaram, encontraram:
- O menino com ferimentos na cabeça
- O padrasto ainda segurando o martelo
- Marcas de sangue por toda a cozinha
O que levaria alguém a fazer isso? A polícia ainda investiga, mas fontes próximas ao caso sugerem que o homem alegou "perder a paciência" com o comportamento do garoto. Como se isso justificasse algo.
Autismo não é desculpa para violência
Especialistas são enfáticos: crianças no espectro autista demandam paciência, não violência. "É como esperar que um peixe suba em árvores", compara a psicóloga Dra. Luísa Mendonça. "Agressão só piora qualquer situação."
O caso, que aconteceu na região metropolitana de Goiânia, já virou pauta em grupos de defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Nas redes sociais, a hashtag #JustiçaParaoMeninoAutista ganhou força.
Enquanto isso, o acusado responde pelo crime em regime fechado. Já o menino — que felizmente sobreviveu — recebe acompanhamento médico e psicológico. Resta saber: quantos casos como esse ainda acontecem às escuras, sem testemunhas?