
Imagine ter que pedir um táxi para salvar sua própria vida. Foi exatamente o que uma mulher em Dourados, Mato Grosso do Sul, fez nesta terça-feira (3) – num golpe de genialidade desesperada que beira o roteiro de cinema.
Ela discou para a Central de Operações da Polícia Militar, mas a conversa… ah, a conversa era outra completamente diferente da que parecia. “Preciso de um táxi com urgência”, dizia ela, enquanto o coração batia forte demais no peito. Só que o taxista imaginário era, na verdade, um agressor real – e armado.
O áudio, obtido pelo G1, é de cortar a alma. Dá pra ouvir a voz trêmula, controlada, tentando não entregar o pânico. Cada palavra era uma peça de xadrez numa partida de vida ou morte. E os policiais? Perceberam na hora. Não é todo dia que alguém pede um carro falando de “homem armado na minha frente” e “não posso sair”, né?
A Chegada dos Agentes
Quando a viatura chegou ao endereço, no Jardim Água Boa, a situação estava quente. O tal do Edson Carlos de Oliveira, de 37 anos, estava lá – e não estava sozinho. A arma dele, uma faca, era a protagonista indeserada daquele cenário.
Os PMs não perderam tempo. Imobilizaram o cara, apreenderam o instrumento da ameaça e puseram um ponto final naquela tarde de horror. A vítima, em estado de choque, mas viva. Muito viva.
O que Mais Choca no Caso
- A frieza do agressor, que já respondia por ameaça anterior contra a mesma mulher
- A rapidez mental dela ao criar um código de emergência em pleno desespero
- A percepção aguçada dos policiais para decifrar a mensagem codificada
Oliveira agora está detido, e a Justiça já deve estar preparando o que fazer com ele. A gente torce que, dessa vez, a medida seja efetiva. Porque ninguém deveria viver tendo que pedir táxi para não morrer.
E pensar que isso aconteceu aqui, no coração do Mato Grosso do Sul… é de gelar os ossos. Mas também aquece o coração ver que, às vezes, a esperança vem de onde menos se espera. Até de um suposto pedido de corrida.