
Era uma noite como qualquer outra em Santa Cruz do Rio Pardo — até que o silêncio foi quebrado por gritos. O que começou como uma discussão doméstica terminou em tragédia: uma mulher, cuja identidade ainda não foi divulgada, morreu após ser brutalmente golpeada com um facão pelo próprio marido.
Segundo testemunhas — e aqui a voz delas treme ao contar —, o agressor estava "fora de si". Nada justifica, claro, mas o álcool pode ter sido o combustível dessa fúria. Quando a polícia chegou, era tarde demais. A cena era dantesca.
O que se sabe até agora:
- A vítima tinha 38 anos e um histórico de brigas com o companheiro
- Vizinhos já haviam chamado a polícia outras vezes, mas... bem, você sabe como essas coisas funcionam
- O suspeito, de 42 anos, tentou fugir, mas foi pego com a arma do crime ainda ensanguentada
O delegado responsável pelo caso, em entrevista rápida entre um café e outro, foi direto: "Isso aqui é feminicídio, não tem outra palavra". E completou, com aquele cansaço de quem vê cenas assim repetidas vezes: "Até quando?".
Enquanto isso, na delegacia, o acusado — que agora enfrenta acusações de homicídio qualificado — não disse uma palavra. Ficou olhando para o chão, como se o peso do que fez finalmente tivesse batido. Ou será que não? Difícil saber o que passa na cabeça de alguém capaz de um ato desses.
E a cidade?
Santa Cruz do Rio Pardo, normalmente tranquila, acordou em choque. Nas padarias, o assunto dominava as conversas. "Ela era uma doce de pessoa", contou uma vizinha, enquanto mexia no café com leite. Outros relembravam os gritos que, infelizmente, se tornaram comuns naquela casa.
O caso reacendeu o debate sobre violência doméstica na região. Só neste ano, já são 15 ocorrências similares — e isso só os casos que foram denunciados. A delegacia da mulher local está sobrecarregada, mas prometeu agilizar as investigações. "Precisamos dar um basta nisso", disse uma das agentes, com os olhos cheios de determinação.