
A situação em Marituba é daquelas que dá um nó no estômago. O que parecia ser um caso isolado de assédio se revelou, na verdade, um pesadelo coletivo para várias mulheres da cidade. A polícia agora corre contra o tempo, com não uma, mas oito vítimas que já apontaram o dedo para o mesmo homem.
Imagina só a coragem que precisa ter para enfrentar o medo e falar. E foi exatamente isso que elas fizeram. Segundo os relatos, o modus operandi era parecido – o suspeito se aproximava das mulheres em locais públicos, sim, mas a abordagem rapidamente descambava para o constrangedor, o inadequado, o absolutamente repulsivo.
Não foi coisa de uma vez só. O tal ‘taradão’ agia com uma audácia que beira o inacreditável, voltando a assediar algumas das vítimas em diferentes ocasiões. Uma delas, pra você ter uma ideia, teria sido abordada três vezes pelo mesmo indivíduo. Três! Isso não é falta de sorte, é pura perseguição.
O Retrato Falado e a Busca Incansável
Com as denúncias se multiplicando, a Delegacia de Marituba pegou pesado no investigações. Um retrato falado foi elaborado – ferramenta crucial para tentar colocar um rosto no pesadelo que até então era uma figura fantasma. A descrição circula entre os agentes, um quebra-cabeça sendo montado detalhe por detalhe.
E olha, a eficiência da polícia nesse caso tem sido um alento. Eles não tão esperando a poeira baixar. Com base nas informações, já conseguiram identificar um suspeito. O cara, um homem de 34 anos, agora é alvo de um mandado de busca e apreensão. A justiça quer revirar a vida dele, checar dispositivos, encontrar qualquer prova que ligue ele definitivamente a esses crimes covardes.
O delegado responsável pelo caso deixa claro: a investigação tá a mil. Eles tratam o assunto com a seriedade que merece, afinal, o direito de ir e vir dessas mulheres foi violentamente usurpado. Marituba merece paz.
O Silêncio não é uma Opção
O que esse caso ensina, e de forma dolorida, é a importância de falar. Cada nova vítima que encontrou forças para ir à delegacia não só buscou justiça para si, mas fortaleceu o coro contra esse tipo de violência. É um recado claro para outros possíveis criminosos: a cidade não vai se calar.
O trabalho agora é em duas frentes: prender o responsável e dar todo o suporte – psicológico, jurídico – para que essas mulheres possam, aos poucos, retomar a vida. Porque uma coisa é certa, o trauma de algo assim não some da noite pro dia.
Enquanto o suspeito não é capturado, um clima de apreensão paira no ar. Mas junto com ele, também há uma sensação de união. A comunidade tá de olho, e a polícia também. O fim desse pesadelo parece estar, finalmente, mais perto.