
Era pra ser uma tarde comum em Uberlândia, mas o que aconteceu na Rua das Figueiras vai ficar marcado na memória dos moradores. Uma cena que mais parece roteiro de filme de terror - só que real, dolorosamente real.
Por volta das 15h de quarta-feira (23), testemunhas ouviram gritos estridentes seguidos de um barulho de pneus cantando no asfalto. Quando olharam, viram o inacreditável: um carro prata acelerando deliberadamente contra duas pessoas.
O que as câmeras registraram
As imagens de segurança - aquelas que a gente sempre espera que nunca sejam necessárias - mostram a mulher, de 42 anos, manobrando o veículo como se estivesse em um jogo de videogame macabro. Só que as vítimas eram de carne e osso: sua própria filha de 19 anos e o ex-marido, com quem teria tido discussões recentes.
Segundo o delegado responsável pelo caso, que preferiu não ser identificado, "foi coisa de louco, uma frieza que choca até quem está acostumado com violência". E olha que esse homem já viu de tudo em 20 anos de carreira.
As consequências
O saldo foi trágico:
- Filha com múltiplas fraturas e traumatismo craniano
- Ex-marido com lesões internas graves
- Bairro inteiro em estado de choque
Os dois foram levados às pressas para o Hospital Municipal - a menina em estado considerado gravíssimo pelos médicos. Enquanto isso, a motorista (ou melhor, a agressora) tentou fugir, mas foi interceptada por uma viatura que coincidentemente passava pelo local.
Parece até ironia do destino, não? Quis fazer mal aos outros e acabou caindo na própria armadilha.
O que diz a lei
O artigo 121 do Código Penal não deixa dúvidas: tentativa de homicídio pode render de 6 a 20 anos de cadeia. E olha que, nesse caso, tem agravantes:
- Violência doméstica
- Parentesco com a vítima
- Uso de veículo como arma
A defesa da mulher - sim, ela conseguiu um advogado rápido - alega "surto emocional". Mas o Ministério Público já adiantou que vai pedir a prisão preventiva. Afinal, como justificar tamanha crueldade?
Enquanto a Justiça não se pronuncia, uma pergunta fica no ar: até onde pode ir o ódio entre ex-companheiros? E pior, envolvendo filhos no meio dessa guerra particular?