Mãe de jovem desaparecida em RO revela: 'Ele sempre ameaçou' — ex-marido preso por suspeita de feminicídio
Mãe de desaparecida em RO: "Ele sempre ameaçou" — ex preso

Era uma tarde como qualquer outra em Porto Velho até que o silêncio pesado daquela casa revelou o que ninguém queria acreditar. "Ele sempre ameaçou, sempre disse que faria algo", desabafa a mãe, com a voz embargada, enquanto segura uma foto da filha que sumiu sem deixar rastros.

O ex-marido — agora atrás das grades — era o tipo de pessoa que deixava marcas mesmo quando não batia. As ameaças vinham embrulhadas em falsas promessas, aquela velha história de "eu mudo" que todo mundo cansou de ouvir. Desta vez, porém, o pior parece ter acontecido.

O desaparecimento que virou pesadelo

Primeiro foi um dia. Depois dois. Quando completou uma semana, já não havia mais dúvidas: algo terrível havia ocorrido. A polícia encontrou o carro da jovem abandonado num beco mal iluminado, com marcas que contavam uma história que ninguém queria decifrar.

  • Celular desligado desde a noite do desaparecimento
  • Roupas pessoais deixadas para trás
  • Vizinhos relatam gritos naquela noite — mas ninguém fez nada

Não é de hoje que os casos de violência contra mulheres viram estatística nesse país. Mas quando acontece na sua rua, com alguém que você conhece, a coisa aperta o peito de outro jeito.

"A gente sabia que ia acontecer"

A mãe — que pediu para não ser identificada — não esconde a raiva ao falar do ex-genro. "Denunciei três vezes. Três! E agora minha filha some e ele age como se nada tivesse acontecido?" O sujeito, preso preventivamente, nega tudo. Diz que estava em casa assistindo TV. Só que as câmeras de segurança contam outra versão.

Os investigadores encontraram:

  1. Mensagens ameaçadoras no WhatsApp
  2. Testemunhas que o viram perto do local do desaparecimento
  3. Histórico de agressões anteriores

Porque é sempre assim, não é? Primeiro são os xingamentos. Depois um empurrão "sem querer". Até que um dia...

Enquanto isso, vizinhos fazem vigília com velas. Alguém colou cartazes nos postes. A cidade inteira parece estar segurando a respiração — esperando, torcendo por um milagre que, no fundo, ninguém mais acredita.