
Um daqueles casos que faz você perder a fé na humanidade — pelo menos por alguns instantes. Em Belo Horizonte, uma mãe foi enquadrada pela polícia por cometer crime de tortura contra a própria filha, uma menina de apenas dois anos. Sim, você leu certo: dois anos.
As investigações começaram depois que a pequena foi internada no Hospital João XXIII, todo machucada. E não eram arranhões de brincadeira, não. O laudo médico apontou hematomas pelo corpo todo, queimaduras de cigarro e até marcas de beliscão. O tipo de coisa que nenhuma criança deveria passar, muito menos nas mãos de quem deveria protegê-la.
A polícia não perdeu tempo. As câmeras de segurança do prédio onde moravam flagraram a mulher arrastando a criança pelo corredor — e olha, não foi nada gentil. As testemunhas disseram ter ouvido gritos e choros constantes vindo do apartamento. Uma vizinha, que preferiu não se identificar, contou que já estava desconfiada há tempos. "Sempre tinha barulho de criança chorando, mas a gente nunca imaginava que fosse algo tão grave", disse ela, ainda abalada.
O delegado responsável pelo caso foi enfático: não se trata de um simples caso de lesão corporal. A repetição das agressões e a vulnerabilidade da vítima caracterizam tortura, crime mais grave com pena bem mais severa. A mãe já foi indiciada e responde em liberdade — o que, convenhamos, gerou bastante revolta nas redes sociais.
Enquanto isso, a menina está sob os cuidados do Conselho Tutelar. A vida dela, é claro, nunca mais será a mesma. Mas pelo menos agora está em um lugar seguro. O caso serve como alerta: violência contra criança é crime — e silêncio diante dela é cumplicidade.