Mãe abandona bebê de meses e irmão em quarto no Rio: veja imagens chocantes
Mãe abandona bebê e irmão em quarto no Rio; veja imagens

Um cenário de cortar o coração. Foi assim que vizinhos descreveram o quarto onde dois irmãos — um bebê de apenas alguns meses e uma criança um pouco mais velha — foram deixados sozinhos por horas a fio. O caso, que aconteceu num bairro residencial da Zona Norte do Rio, veio à tona nesta segunda-feira (12) e deixou muita gente com os cabelos em pé.

Segundo relatos, a mãe simplesmente evaporou. Deixou os pequenos trancados num cômodo que mais parecia um cenário de filme de terror — sujo, desorganizado, com restos de comida espalhados pelo chão. A sorte? Um vizinho atento ouviu o choro insistente do bebê e resolveu investigar.

O resgate

Quando a porta foi aberta, a cena era de partir o coração até do mais durão. O irmão mais velho, assustado como um passarinho numa gaiola, tentava confortar o bebê que berrava de fome. "Parecia que estavam ali há séculos", contou uma das testemunhas, ainda com a voz embargada.

As autoridades foram acionadas rapidamente. Enquanto isso, os vizinhos — aqueles anjos sem asas do cotidiano — improvisaram um cuidado temporário. Leite quentinho, fraldas limpas, colo. Coisas simples que fizeram toda diferença naquele momento de caos.

O que se sabe até agora

  • A mãe desapareceu sem deixar rastros ou explicações
  • As crianças passaram pelo menos 8 horas completamente sozinhas
  • O Conselho Tutelar já está acompanhando o caso
  • A polícia procura a mulher para esclarecimentos

O que leva alguém a fazer isso? É a pergunta que não quer calar. Especialistas ouvidos pelo G1 sugerem que pode ter sido um ato de desespero — mas deixam claro: não há justificativa que cubra tamanha irresponsabilidade. "Casos assim costumam esconder dramas sociais complexos", explica uma assistente social com mais de 15 anos de experiência.

Enquanto a polícia vira o Rio de cabeça para baixo atrás da mãe, as crianças recebem cuidados médicos. O bebê, desidratado, precisou de atendimento imediato. O irmão mais velho, ainda em choque, mal consegue articular palavras.

O caso reacende o debate sobre a rede de proteção à infância no Brasil. Será que estamos falhando com nossas crianças? A pergunta fica no ar, enquanto os pequenos tentam se recuperar do trauma que, com certeza, vai deixar marcas.