
A coisa toda veio à tona de forma tão repentina quanto brutal. Em Manaus, uma mulher, cujo nome a gente evita citar para não dar ibope, foi algemada nesta terça-feira (23) acusada de um daqueles crimes que simplesmente cortam a respiração. A suspeita? Torturar os próprios enteados – e estamos falando de coisas que beiram o inacreditável.
O que se sabe, até agora, é que a Polícia Civil prendeu essa mulher depois de uma investigação que começou com uma denúncia anônima. E olha, o que os agentes descobriram não foi apenas um episódio isolado de raiva, mas uma sequência de violências. Uma verdadeira sina de terror dentro de casa.
O bebê e as fraturas que falam mais alto que qualquer palavra
O ponto mais chocante – aquele que dói só de imaginar – envolve o enteado mais novo. Uma criança, ainda um bebê de colo. O laudo médico é claro e devastador: o pequeno sofreu fraturas no crânio e na costela. Fraturas! Num ser tão frágil. Não foi um tombo, não foi um acidente bobo. As lesões, segundo os peritos, são consistentes com trauma intencional, com força bruta aplicada de forma deliberada.
Os outros irmãos não escaparam. Relatos dão conta de agressões constantes, um clima de medo que se instalou no lar que deveria ser o lugar mais seguro. A polícia trabalha com a hipótese de que a madrasta agia sozinha, mas tudo ainda está sendo apurado com um pente fino.
O silêncio quebrado e a investigação que se desenrola
Como esses casos horrendos costumam vir à tona? Quase sempre por um fio de esperança. Alguém que não aguentou mais ver o sofrimento calado e resolveu falar. Foi assim aqui. A denúncia anônima acionou a máquina do Estado, que, para variar, às vezes demora, mas nesse caso parece ter sido ágil.
A delegada responsável pelo caso – que preferiu não ser identificada na imprensa – disse, em um tom bastante sério, que as evidências são "contundentes". A mulher foi levada para a delegacia e já passou por interrogatório. A defesa, claro, vai se organizar, mas a situação é das mais complicadas.
E agora, o que acontece? A Justiça já deu o aval para a prisão preventiva. A acusação formal deve vir nos próximos dias, e a tendência é que os crimes sejam enquadrados como tortura e lesão corporal grave – o que pode render uma pena bem pesada. Enquanto isso, as crianças estão sob os cuidados do Conselho Tutelar. O pai delas, pasmem, parece que estava alheio à dimensão do problema, mas sua situação também está sendo investigada. Afinal, como não perceber?
É um daqueles casos que faz a gente perder um pouco a fé, mas ao mesmo tempo mostra que, quando a sociedade se mexe, o sistema pode funcionar. Mesmo que tarde.