
Imagine acordar com o barulho de vidros quebrando e, antes mesmo de entender o que está acontecendo, se ver diante de alguém que jurou amor — mas agora traz ódio nas mãos. Foi assim que começou o pesadelo de uma moradora de Aracaju na madrugada desta segunda-feira (4).
O ex-companheiro — cujo nome não será divulgado para preservar a vítima — não aceitou o fim do relacionamento. Armado com tijolos (sim, você leu certo), invadiu a casa onde ela mora e desferiu golpes contra a mulher. Uma cena de terror que parece saída de um filme, mas foi dolorosamente real.
O que aconteceu exatamente?
Por volta das 3h da manhã, os vizinhos ouviram gritos estridentes. Correram para ver e se depararam com uma cena dantesca: o homem, ensandecido, arremessava tijolos contra a ex-companheira, que tentava se proteger como podia. Algumas pedras acertaram seu rosto e braços, deixando marcas profundas — tanto físicas quanto emocionais.
"Ele parecia possuído", contou um vizinho que preferiu não se identificar. "Nunca vi tanta fúria em alguém. A mulher sangrava muito, mas conseguiu fugir para a rua."
A prisão
Sortuda? Nem tanto. A sorte mesmo foi a rapidez da Polícia Militar, que chegou em menos de 10 minutos após a chamada desesperada dos moradores. O agressor ainda tentou fugir pelo quintal, mas tropeçou em um vaso de planta — ironia do destino para quem quis causar tanto dano.
Preso em flagrante, o homem agora responde por lesão corporal grave e invasão de domicílio. A vítima foi levada ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde recebeu pontos e acompanhamento psicológico. Os médicos disseram que ela está estável, mas o trauma... bem, esse vai demorar para sarar.
Violência doméstica: um mal que persiste
Casos como esse não são raros — infelizmente. Só em 2025, Aracaju já registrou mais de 200 ocorrências de violência contra a mulher. E olha que estamos só em agosto! O delegado responsável pelo caso, em entrevista rápida, soltou uma frase que dá o que pensar:
"Quando o amor vira ódio, vira crime. E crime a gente trata como crime — sem meias palavras."
A ex-companheira, aliás, já tinha medida protetiva contra o agressor. Mas como se vê, papel não segura tijolo. O que segura mesmo é ação rápida da polícia e — não menos importante — a coragem das vítimas em denunciar.
E você, o que acha que poderia ser feito para mudar esse cenário? Enquanto não surgem respostas, histórias como essa continuam sendo contadas — um tijolo de cada vez.