Grávida sofre agressão do marido em Porto Velho — suspeito é preso em flagrante
Grávida agredida por marido em Porto Velho; suspeito preso

Era para ser uma noite como outra qualquer na Zona Leste de Porto Velho, mas o que começou como uma discussão banal terminou com sirenes e algemas. Uma gestante — que prefere não se identificar — acabou no chão da sala, com o próprio marido montado em sua barriga, aos berros e socos. "Pensei que ele fosse matar meu bebê", contou ela, ainda tremendo, aos policiais.

O caso, que aconteceu na última madrugada, virou notícia antes mesmo de a viatura chegar. Vizinhos, acordados pelo barulho, filmaram parte da agressão (coisa que, convenhamos, hoje em dia é mais rápida que chamar a polícia). Nas imagens, dá pra ver o suspeito, um cara forte de 32 anos, segurando a mulher pelo cabelo enquanto ela tenta proteger a barriga — cena que deixou até os agentes mais experientes com o estômago embrulhado.

"Não foi a primeira vez"

Segundo a delegada responsável pelo caso, a vítima já sofria ameaças veladas. "Ela disse que o companheiro vivia falando 'grávida não pode reclamar de nada'. Quando tentou se defender, ele explodiu", relatou. Detalhe macabro: o celular dela foi arremessado contra a parede quando tentou ligar para o 190.

  • O suspeito foi preso em flagrante, mas alegou "briga de casal"
  • Exames no IML confirmaram hematomas na gestante
  • A Defensoria Pública já pediu medidas protetivas urgentes

E aqui vai um dado que deveria ser ilegal de tão absurdo: só neste ano, a Delegacia da Mulher de Porto Velho já registrou 47 casos de violência contra gestantes. Quase um por semana. E esses são só os que chegam a virar boletim de ocorrência.

Reação nas redes divide opiniões

Enquanto isso, nos grupos de WhatsApp da região, a discussão esquenta. Tem desde quem defenda que "marido e mulher devem resolver seus problemas sozinhos" (sim, em 2025 ainda tem gente que pensa assim) até mulheres compartilhando histórias parecidas — algumas com finais trágicos. Uma professora aposentada da região deixou um comentário que diz tudo: "Quando eu era jovem, chamavam isso de 'briga de casal'. Hoje sabemos que é crime. Mas parece que alguns ainda não atualizaram o sistema".

O suspeito, que trabalha como motorista de aplicativo, vai responder por lesão corporal contra gestante — crime cuja pena pode chegar a 4 anos. Mas cá entre nós: será que cadeia resolve? Ou estamos diante daqueles casos em que a sociedade precisa de um choque de realidade?