Não é exagero dizer que o pesadelo dessa mulher começou quando ela achou que já tinha acabado. Grávida de cinco meses, ela foi surpreendida pelo ex-companheiro em plena luz do dia — e o que deveria ser apenas uma conversa terminou em sangue, hematomas e trauma.
Aracaju, essa cidade que normalmente respira tranquilidade, registrou mais um caso que mancha suas estatísticas. O agressor, que já tinha histórico de violência durante o relacionamento, voltou a agir como se o corpo dela ainda lhe pertencesse. Erro crasso.
Os detalhes que cortam o fôlego
Segundo relatos, ele a encurralou perto de um ponto de ônibus no bairro São José. Sem plateia, sem piedade. Socos no rosto, puxões de cabelo — e o pior: chutes direcionados à barriga. Sim, você leu certo. Alguém capaz de atacar justamente o que deveria ser mais sagrado.
— Ele dizia que eu 'não ia escapar dele nunca' — contou a vítima, ainda tremendo, na delegacia.
O que acontece depois da denúncia?
- A mulher recebeu atendimento médico no IMED — felizmente, o bebê não foi atingido
- O ex-companheiro foi identificado e está sendo procurado pela polícia
- Medidas protetivas foram solicitadas em caráter de urgência
E aqui vem aquela pergunta que não quer calar: até quando histórias assim vão se repetir? Sergipe registrou um aumento de 18% em casos de violência doméstica no último semestre. Números que doem mais que soco.
Psicólogos alertam: o período pós-separação é quando as agressões costumam escalar. "É a falsa sensação de perda do controle", explica Dra. Lúcia Mendes, especialista no tema. Como se o corpo da mulher virasse território a ser reconquistado pela força.
Enquanto isso, nas ruas de Aracaju, ela carrega agora duas vidas para proteger — e o medo de que ele cumpra a promessa de voltar.
