
Imagina a cena: um homem chega na casa da ex-companheira vestindo o uniforme da prefeitura, achando que isso seria algum tipo de passe livre. Só que a estratégia – no mínimo absurda – não deu certo e terminou com ele algemado. Essa história surreal aconteceu em Montes Claros, no Norte de Minas, e é daquelas que a gente fica pensando: 'onde já se viu?'
O funcionário público, cujo nome não foi divulgado (mas que certamente está arrependido da jogada), tinha uma medida protetiva pendurada no pescoço – aquela ordem judicial que diz 'fica longe, brother'. Mas ele resolveu dar uma de esperto.
Lá pelas tantas desta sexta-feira, o sujeito apareceu na residência da mulher. Acredita que ele pensou que o uniforme oficial fosse uma espécie de disfarce mágico? Como se estivesse ali a trabalho, sabe? Que papelão.
A queda do 'astuto'
Pois é. A ex, mais esperta que ele, não comprou a versão. Ela logo percebeu que aquela visita não tinha nada de oficial e, corretíssima, acionou a polícia na hora. Os PMs chegaram e o cara – ainda vestido com a roupa que deveria representar serviço público – foi detido por descumprir a medida protetiva que ele mesmo havia ignorado.
Olha só que ironia: o uniforme que deveria simbolizar compromisso com a população foi usado justamente para o oposto. A prisão foi realizada pelo 55º Batalhão da Polícia Militar, que não perdeu tempo com conversa fiada.
O que a lei diz
Descumprir medida protetiva não é brincadeira – é crime mesmo, previsto na Lei Maria da Penha. E pasme: pode dar até dois anos de detenção. Fora o fato de que mancha a ficha do indivíduo e, claro, a reputação profissional.
E não é que o sujeito ainda tentou argumentar? Disse que estava ali por 'motivos pessoais'. Poxa, amigo, a justiça já tinha deixado claro que motivos pessoais justamente não podiam existir. A casa da ex tá fora dos seus limites, ponto final.
O caso serve de alerta – principalmente pra quem acha que um cargo ou um uniforme te coloca acima da lei. Não coloca. E ainda expõe o cara ao ridículo, que é pior.
Agora ele responde pelo crime, e a ex, esperamos, possa sentir-se um pouco mais segura. Porque no meio de tanta notícia pesada, ver a lei funcionando – ainda que por um descuido do próprio infrator – até renova um pouco a fé na justiça.