
O clima em Linhares, no Espírito Santo, está pesado. E não é por causa do calor — embora ele também esteja insuportável. Na tarde desta sexta-feira (26), um homem foi executado dentro do próprio carro, no meio da rua, como se fosse cena de filme de máfia. Só que isso é a vida real, e a vítima não teve chance.
A mulher que estava com ele — ilesa, por um milagre — não teve dúvidas na hora de apontar o suspeito. "Foi meu ex", disse, ainda tremendo, aos policiais. Ela não quis dar detalhes do relacionamento, mas a expressão de terror no rosto contava mais que qualquer palavra.
O que se sabe até agora
Segundo testemunhas — aquelas pessoas que sempre aparecem nesses momentos, mas que depois somem quando a coisa aperta —, o carro parou de repente. Ninguém ouviu discussão. Só os tiros. Três, quatro? Quem conta aumenta um. O certo é que foram suficientes.
O suspeito, segundo a polícia, já tem passagem pela delegacia. Nada muito grave — pelo menos não no papel. Mas essas coisas nunca começam com assassinato, não é mesmo? Primeiro é a ameaça, o ciúme exagerado, aquele "não vou deixar você viver sem mim". Depois... bom, depois vira notícia de jornal.
E agora?
A PM está atrás do cara. Até agora, ele tá dando trabalho — sumiu feito fantasma. Mas esses casos costumam ter dois finais: ou ele se entrega (dúvido), ou a polícia pega ele tentando fugir para algum buraco no mapa.
Enquanto isso, Linhares fica com aquela sensação de cidade pequena onde todo mundo sabe de tudo, mas ninguém viu nada. Aquele silêncio constrangedor de quem prefere não se meter. Até quando?