O que deveria ser um recomeço transformou-se em pesadelo. Na pacata Samambaia, no Distrito Federal, uma mulher de 39 anos viu sua casa ser consumida pelas chamas numa madrugada de terror. O autor? Justamente quem prometera protegê-la: o ex-companheiro, um homem de 41 anos que não aceitou o fim do breve relacionamento de apenas oito meses.
A polícia não teve dúvidas – classifica o caso como tentativa de feminicídio. Uma violência que parece desproporcional à curta convivência, mas que revela um padrão assustadoramente comum nos casos de violência doméstica.
Os Detalhes que Chocam
Segundo investigações, o agressor agiu com frieza impressionante. Na calada da noite, aproveitando-se da vulnerabilidade da vítima, ateou fogo na residência usando combustível. O barulho das chamas e o cheiro de fumaça alertaram vizinhos, que acionaram os bombeiros a tempo de evitar uma tragédia maior.
A vítima, em estado de choque, conseguiu escovar por pouco. Sofreu queimaduras leves e inalação de fumaça, mas o trauma psicológico – esse sim, difícil de medir.
Rápida Ação Policial
O trabalho da Polícia Civil foi fundamental. Em menos de 24 horas, localizaram e prenderam o suspeito, que tentava se esconder na região. Na delegacia, ele confessou o crime, mas tentou justificar a ação como "um momento de descontrole". Como se isso fosse possível diante de tamanha crueldade.
O que mais impressiona os investigadores é a rapidez com que a situação escalou. Oito meses! Tempo suficiente para revelar o caráter violento, mas insuficiente para que a vítima pudesse se proteger adequadamente.
Um Alerta para a Sociedade
Esse caso serve como um alerta vermelho. Mostra que a violência doméstica não obedece a prazos ou tempo de relacionamento. Pode explodir em qualquer momento, especialmente quando há possessividade e ciúmes doentios.
As autoridades reforçam a importância de denunciar qualquer sinal de agressão – seja física, psicológica ou moral. Disque 180. A rede de proteção existe, mas depende da coragem das vítimas em buscar ajuda.
Enquanto isso, a sobrevivente tenta reconstruir a vida. A casa pode ser refeita, mas a sensação de segurança? Essa leva muito mais tempo para voltar. Se é que volta algum dia.
