DF se destaca no combate à violência contra mulheres: políticas que salvam vidas
DF é referência no combate à violência contra mulheres

Não é exagero dizer que o Distrito Federal está virando o jogo quando o assunto é proteger mulheres em situação de risco. Enquanto muitos estados ainda patinam em burocracias, o DF mostra que políticas bem articuladas fazem a diferença — e como!

Dados recentes revelam uma queda de quase 30% nos feminicídios nos últimos dois anos. Um feito e tanto, considerando o cenário nacional. Mas como isso foi possível? A receita, ao que parece, mistura tecnologia, ação rápida e — pasmem — humanização no atendimento.

O que está dando certo

Primeiro: a Central de Atendimento à Mulher (180) no DF agora opera 24h com equipes multidisciplinares. Psicólogas, assistentes sociais e até advogadas trabalham em conjunto, algo raro no serviço público brasileiro.

Segundo ponto: os famosos botões do pânico. Só no primeiro semestre deste ano, mais de 500 dispositivos foram distribuídos — e a taxa de reincidência entre agressores caiu pela metade. Funciona assim: ao menor sinal de perigo, a vítima aciona o aparelho e a polícia chega em minutos.

"É como ter um anjo da guarda no bolso", define Maria (nome fictício), que sobreviveu a um relacionamento abusivo graças ao dispositivo.

Para além das estatísticas

O que realmente impressiona são as histórias por trás dos números. Como a da rede de abrigos sigilosos — locais que nem eu, repórter, conheço o endereço exato. Nesses espaços, mulheres reconstroem suas vidas com acompanhamento especializado.

Outra jogada de mestre: as varas especializadas. Juízes que entendem do assunto aceleram processos que, em outras comarcas, levariam anos. Medidas protetivas saem em 24 horas, não em semanas.

Claro, ainda há muito por fazer. Os casos de violência psicológica, por exemplo, continuam subnotificados. Mas o DF prova que, com vontade política e orçamento bem aplicado, é possível mudar realidades.

Quem diria que Brasília, tão criticada por seus privilégios, seria exemplo justamente na área mais sensível para metade da população?