O que começou como mais um dia comum no arquipélago do Bailique virou um pesadelo. Num daqueles momentos que a gente nunca imagina que vai presenciar, uma discussão banal entre um casal — daquelas que todo mundo já viu — terminou no pior dos cenários. A criança, só três aninhos, caiu nas águas escuras do rio depois de ser empurrada sem querer durante a briga.
Segundo testemunhas — e aqui a gente tem que tomar cuidado com os boatos que sempre pipocam nesses casos —, o casal estava discutindo numa pequena embarcação quando a situação escalou. "Foi tudo muito rápido", contou um vizinho, ainda abalado. "Um empurrão, um grito, e quando a gente viu, a criança já tava na água."
Busca sem tréguas
Desde então, é um corre-corre. Os bombeiros tão vasculhando o rio de ponta a ponta, mas as correntezas por ali são traiçoeiras. E olha que nem precisa ser expert pra saber: o Bailique tem aqueles meandros que enganam até quem nasceu e foi criado na região.
Os pais, em estado de choque, mal conseguem falar. A mãe, segundo os vizinhos, não para de repetir que "foi sem querer". Difícil julgar, não é mesmo? Quando a emoção fala mais alto, a gente nunca sabe onde vai parar.
Comunidade em alerta
Nas redes sociais, o povo tá dividido. Uns condenam o casal, outros defendem — "acidente acontece". Enquanto isso, os grupos de WhatsApp da região fervilham com informações desencontradas. Até barqueiro que nunca pegou um remo na vida tá se achando no direito de dar palpite sobre como as buscas deveriam ser feitas.
O delegado responsável pelo caso — que pediu pra não ser identificado — disse que "tudo está sendo feito dentro do possível". Mas convenhamos: "possível" parece pouco quando uma vida tão pequena está em jogo.
Enquanto o sol se põe no Bailique, as lanternas continuam acesas. Cada minuto conta, e a esperança — aquela teimosa — insiste em não morrer. A gente torce, contra todas as estatísticas, por um milagre.
