
Imagine a cena: uma tarde aparentemente comum em São José dos Campos, no interior paulista, transformada num pesadelo doméstico. E o suposto agressor? Nada menos que um coronel da reserva da Força Aérea Brasileira, um homem que deveria zelar pela ordem. A ironia é amarga, pra dizer o mínimo.
Segundo as primeiras informações — e aqui a gente sempre tem que tomar um certo cuidado, né? — a discussão começou por algo que, perto do que veio depois, parece até banal: uma sujeira na pia. Mas é claro que o problema de fundo era outro, muito mais profundo e sombrio.
A coisa escalou rápido, muito rápido. O que era uma discussão virou uma agressão física, com o militar — pasmem — agarrando o próprio braço da filha, uma mulher de 33 anos, com uma força desmedida. A vítima, é bom que se diga, conseguiu se livrar, fugir e fazer o mais importante: pedir ajuda.
O Que Diz a Lei
Agora, o tal coronel responde por lesão corporal dolosa. Um nome bonito pra algo feio: a intenção de machucar alguém. A delegacia da mulher ficou encarregada do caso, o que me parece mais do que apropriado, não é mesmo?
E olha só que detalhe: ele foi preso em flagrante. Ou seja, não deu tempo nem de tentar inventar uma desculpa esfarrapada. A justiça — lenta, como sempre, mas às vezes certeira — agiu rápido nesse ponto.
O mais revoltante? A alegação de que a filha estaria usando drogas. Sério? Mesmo que fosse verdade — e não há nenhum indício de que seja — isso justificaria violência? Não me venham com essa desculpa esfarrapada. Violência nunca é resposta, é sempre fracasso.
Um Retrato de um Problema Maior
Isso me faz pensar: quantos casos assim não acontecem por aí, entre quatro paredes, sem que ninguém fique sabendo? O que faz um caso virar notícia é a função pública do acusado? Acho que sim, e é por isso que a gente precisa falar sobre isso.
O caso tá sendo investigado, é claro. A Polícia Civil vai apurar tudo direitinho — pelo menos é o que a gente espera. Enquanto isso, o coronel aguarda a decisão de um juiz sobre a possível conversão da prisão em flagrante em preventiva. Torço para que a lei seja implacável.
É um daqueles momentos que a gente se pergunta: até onde vai a farda? Até onde vai a autoridade? A resposta, pelo menos pra mim, é clara: até a porta de casa. Dentro dela, todos somos iguais perante a lei — ou deveríamos ser.