Homem é condenado a 38 anos por feminicídio brutal em Itu: vítima foi encontrada carbonizada
Condenado a 38 anos por matar namorada em Itu

O caso parecia saído de um roteiro macabro – mas, infelizmente, era real. Nesta terça-feira (6), o Tribunal de Justiça de São Paulo enterrou de vez qualquer chance de o acusado Rodrigo Silva (nome fictício) respirar ares de liberdade antes das próximas três décadas. Ele pegou 38 anos e 9 meses atrás das grades pelo assassinato brutal da namorada, Ana Lúcia (também nome fictício), cujo corpo carbonizado foi encontrado em um terreno baldio de Itu em 2023.

Detalhes do crime:

  • Vítima: Jovem de 24 anos, mãe de uma criança de 5 anos
  • Local: Região rural de Itu, conhecida por plantações de eucalipto
  • Provas: Câmeras de segurança flagraram o casal juntos horas antes do crime

O dia que mudou tudo

Era uma quarta-feira aparentemente comum quando Ana sumiu sem deixar rastros. Familiares – aqueles que verdadeiramente se importavam – notaram a ausência quando a pequena Maria (nome alterado) ficou sem ser buscada na creche. Dois dias depois, um cheiro insuportável levou vizinhos a descobrirem o pior.

"Parecia uma cena de filme de terror", relatou um dos policiais que atendeu a ocorrência, ainda visivelmente abalado. O corpo estava irreconhecível – tanto que a identificação precisou de exames de DNA.

O jogo da defesa (que não colou)

O advogado de Rodrigo tentou jogar a carta do "crime passional". Alegou que tudo não passou de um "acidente durante discussão". Só que o Ministério Público – esses sim fizeram o dever de casa – apresentou:

  1. Mensagens ameaçadoras no celular da vítima
  2. Testemunhas que ouviram gritos na noite do crime
  3. Resíduos de combustível nas roupas do acusado

Resultado? A juíza Mariana Campos (nome fictício) não só rejeitou a versão da defesa como classificou o ato como "feminicídio com requintes de crueldade que chocam até os mais experientes".

E agora?

Com a sentença, Rodrigo vai direto para o regime fechado. A família de Ana – esses heróis silenciosos – luta agora pela guarda da pequena Maria. Enquanto isso, Itu tenta digerir mais um capítulo trágico de violência contra a mulher.

Uma pergunta que não quer calar: quantos casos assim precisarão acontecer até que a sociedade acorde para essa epidemia de feminicídios?