
Numa tarde que parecia comum em Suzano, a rotina dos policiais militares virou de cabeça para baixo. Tudo começou com uma chamada de emergência — mais um caso de violência doméstica, pensaram. Mas o que encontraram foi algo que nem nos piores pesadelos.
Na casa simples do bairro Jardim Colorado, escondida atrás de cortinas sujas e um portão enferrujado, havia um arsenal improvisado. Não eram apenas ameaças vazias: tubos de PVC, fios aparentemente inocentes e um cheiro forte de pólvora no ar. "Parecia cenário de filme", confessou um dos PMs, ainda abalado.
O desenrolar da operação
Quando a equipe chegou ao local por volta das 15h, a vítima — uma mulher de 32 anos — já estava na calçada, tremendo. "Ele disse que ia acabar com tudo hoje", contou entre lágrimas aos policiais. O "ele" em questão? Um homem de 45 anos, vizinho conhecido por explosões de raiva, mas que ninguém imaginava capaz disso.
Os PMs agiram rápido:
- Isolaram o quarteirão inteiro — afinal, ninguém sabia o que poderia detonar aquilo
- Chamaram o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) às pressas
- Retiraram os moradores das casas vizinhas, que sequer entenderam o caos
O suspeito, quando percebeu que estava cercado, tentou fugir pelo quintal. Má sorte a dele: caiu no mesmo poço que cavara dias antes, literalmente. "Foi quase cômico, se não fosse trágico", relatou um sargento.
O que exatamente encontraram?
Segundo os peritos, a "casa-bomba" — como ficou conhecida — tinha:
- Três dispositivos prontos para serem acionados
- Material suficiente para mais cinco explosivos
- Anotações bizarras sobre "vingança" e "fim dos tempos"
Detalhe macabro: tudo estava cronometrado para o horário em que a ex-companheira costumava chegar do trabalho. "Faltavam minutos para uma tragédia", disse o delegado responsável, visivelmente impressionado.
O caso, que mistura violência doméstica com terrorismo caseiro, deixou até os policiais mais experientes de cabelo em pé. E levantou uma questão: quantos outros "vizinhos tranquilos" escondem monstros assim?