Avó de Henry Borel se emociona em lançamento de documentário sobre o caso que chocou o Brasil
Avó de Henry Borel se emociona em lançamento de documentário

Não foi fácil segurar as lágrimas. A avó de Henry Borel, menino de 4 anos cuja morte chocou o país em 2021, esteve presente no lançamento do documentário que reconta os detalhes do caso — e a emoção tomou conta. Quem viu de perto sabe: a dor ainda está fresca, como se o tempo tivesse parado naquele dia fatídico.

"A gente nunca esquece. É como se fosse ontem", disse ela, com a voz embargada, enquanto segurava uma foto do neto. O documentário, que promete revirar feridas e trazer novas luzes ao caso, foi exibido em um evento fechado no Rio de Janeiro. E, cá entre nós, até os mais durões saíram de lá com os olhos vermelhos.

O peso da memória

Quem esperava um evento formal, cheio de discursos pomposos, se surpreendeu. O clima era de intimidade — quase um velório simbólico. Enquanto as imagens rodavam na tela, dava pra ouvir os soluços discretos vindos da plateia. A avó de Henry, sentada na primeira fila, parecia menor do que nunca. Frágil. Mas, ao mesmo tempo, cheia de uma força que só quem já perdeu tudo pode entender.

O caso, que virou pesadelo nacional, envolve acusações pesadas contra o padrasto do menino e a própria mãe. Detalhes cruéis que fizeram até os investigadores mais experientes tremerem. E agora, com o documentário, tudo volta à tona. Será que o Brasil está pronto para encarar essa história de frente?

Um grito por justiça

Entre um gole de água e outro, a avó contou como tem sido a batalha judicial — lenta, dolorosa, cheia de idas e vindas. "Eles pensam que a gente vai desistir", disse, com um brilho de determinação nos olhos. "Mas Henry merece mais que isso."

O documentário, aliás, não é só um relato frio dos fatos. Mostra o menino vivo, sorridente, cheio de energia. Aquelas imagens caseiras doem mais que qualquer reconstituição policial. Dói porque lembra o que foi perdido. E porque questiona: como algo assim pôde acontecer?

Enquanto isso, nas redes sociais, a comoção foi instantânea. Hashtags em apoio à família voltaram a trendar, e o caso — que alguns já davam como "arquivado" na memória pública — ganhou novo fôlego. Será que, dessa vez, a justiça vai ser feita de verdade? A avó, pelo menos, não perde a esperança. "Enquanto eu respirar, vou lutar por ele", prometeu, antes de sair carregando a foto do neto como quem carrega um tesouro.