
Um silêncio pesado caiu sobre Barra Mansa, no Sul do Rio, depois que a polícia prendeu um homem de 41 anos por um crime que vai deixar marcas permanentes. A vítima? Sua própria sobrinha, uma jovem de 22 anos com deficiência intelectual.
O caso veio à tona de forma dolorosa: a moça estava grávida. E as investigações - que começaram depois de uma denúncia anônima - não deixaram dúvidas sobre a paternidade. O tio era o responsável.
Os abusos, segundo as autoridades, não foram coisa de uma vez só. Teriam começado em 2022 e se arrastado por dois longos anos, dentro da própria casa onde a vítima deveria se sentir segura. Uma quebra de confiança que beira o inacreditável.
A prisão e as evidências
A ordem de prisão saiu na quinta-feira, mas o tal tio já estava atrás das grades desde quarta. O exame de DNA - aquele que não mente - confirmou a materialidade do crime. Agora, ele responde por estupro de vulnerável, um tipo penal que não perdoa.
O delegado Gabriel Moreira, que comanda as investigações, não esconde a gravidade do ocorrido. "Trata-se de um crime repugnante", disse, com a seriedade que o momento exige. A defesa da vítima, é claro, foi acionada. Ela recebe atendimento especializado, tentando minimizar um trauma que, convenhamos, jamais será totalmente apagado.
Um alerta que fica
Casos como esse servem de alerta para uma realidade cruel: a violência sexual muitas vezes mora ao lado, dentro de casa. E quando a vítima é pessoa com deficiência, a vulnerabilidade dobra. Fica a pergunta: quantos casos assim ainda permanecem nas sombras, sem denúncia, sem justiça?
A moça segue grávida. E a comunidade de Barra Mansa tenta digerir mais esse capítulo triste de sua história.