
Imagine confiar seu filho a um profissional que deveria zelar por sua saúde mental e, em troca, descobrir que aquele mesmo indivíduo violou brutalmente essa confiança. Foi exatamente o pesadelo que se abateu sobre uma família de Santa Catarina, culminando numa sentença judicial que ecoou como um trovão pelos corredores do fórum.
O psicólogo Fábio Inácio Bermudes, de 47 anos, acabou de receber uma sentença de 21 anos de prisão – e olha, não foi por pouco. A justiça catarinense o considerou culpado por abusar sexualmente de um menino de apenas nove anos, que estava sob seus cuidados profissionais. O garoto, um pequeno guerreiro, era seu paciente. Sim, você leu direito: dentro do próprio consultório, onde deveria reinar a segurança.
Os Detalhes que Enojam e Chocam
As sessões de terapia, que deveriam ser um porto seguro, transformaram-se em cenário de horror. Tudo aconteceu em 2021, na cidade de Itajaí – aquele lugar conhecido pelo belo litoral, que agora precisa carregar também a marca de um crime hediondo. O menino, com a inocência typical da idade, foi submetido a abusos repetidas vezes. E o pior? Bermudes usava sua posição de autoridade para camuflar as investidas, manipulando a situação de modo calculista.
– Ele se aproveitou da vulnerabilidade da criança – comentou um dos delegados envolvidos no caso, em tom de revolta contida. – São situações que deixam marcas profundas, quase indeléveis.
A Investigaçãо: Como Tudo Veio à Tona
Nada disso teria sido descoberto não fosse a coragem do menino. Ele contou tudo à mãe, que, devastada mas firme, procurou a polícia quase que instantaneamente. O laudo pericial, posteriormente, confirmou a materialidade do crime – e aí, meu amigo, não houve mais volta. As provas eram sólidas como rocha. O Ministério Público moveu a ação e a 2ª Vara Criminal de Itajaí assumiu o caso.
Durante o julgamento, a defesa tentou, veja só, argumentar que não havia intenção por parte do psicólogo. Mas o tribunal rejeitou a tese categoricamente. Não há como alegar "falta de intenção" quando se repetem ataques contra uma criança indefesa – que absurdo, não?
Além da Pena: Repercussão Ética e Social
Além dos 21 anos de reclusão (inicialmente em regime fechado, é claro), Bermudes terá de pagar uma multa de 50 salários mínimos – o que, convenhamos, parece pouco perto do estrago causado. Mas a punição não para por aí: ele está proibido de se aproximar da vítima ou da família, e foi cassado seu direito de exercer a profissão. O Conselho Regional de Psicologia já deve estar movendo seus pauzinhos para garantir que ele nunca mais ponha os pés num consultório.
Esse caso levantou, de novo, uma discussão importante: a segurança de menores em ambientes terapêuticos. Até que ponto os pais podem confiar? Que mecanismos existem para evitar que monstros vestidos de doutores cometam atrocidades assim?
Por enquanto, uma coisa é certa: a justiça foi feita. E que fique como alerta para quem pensa em cometer barbaridades contra os mais frágeis.