
Dois anos. Setecentos e trinta dias de angústia, perguntas sem resposta e uma ferida que não fechava. Mas eis que, finalmente, a roda da justiça – lenta, pesada, mas inexorável – chegou a um destino.
Nesta segunda-feira (16), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul fez uma prisão que muita gente já até tinha duvidado que viria. Um homem de 27 anos, cujo nome a gente evita dizer para não dar palco pra monstro, foi algemado sob a acusação de um crime que tira o sono de qualquer pai ou mãe: o estupro de uma menina de apenas 12 anos.
O fato, que deixou a cidade de Coxim em estado de choque, não aconteceu ontem. Foi lá em setembro de 2023, sabe? Parece uma eternidade. A vítima, uma criança, foi violentada dentro da própria casa. O lugar que deveria ser seu porto seguro.
Investigacao: Um Quebra-Cabeca Doloroso
A delegada Tatiane Feltrin, que comandou as buscas pela verdade, contou que a investigação foi complexa. Não foi fácil. Eles tiveram que juntar cacos de evidências, pegar depoimentos difíceis e mergulhar num poço de dor. Mas não desistiram.
“O laudo pericial foi crucial”, ela destaca, sem entrar em detalhes gráficos que ninguém precisa ouvir. Foi essa prova técnica, somada a outras, que deu o tom da acusação. O suspeito, claro, negou tudo. Mas as evidências, segundo a polícia, contam uma história diferente – e arrepiante.
O Alivio e a Longa Espera
Agora, ele está atrás das grades, com a prisão preventiva decretada. Vai responder pelo crime na comarca de Coxim. É um alívio? Com certeza. Mas é daqueles alívios amargos, que deixam um gosto de ‘era pra ter sido antes’.
Imagina só a família. Dois anos esperando por um pingo de justiça, vendo sua menina tentando seguir a vida carregando um peso desses. Dois anos é tempo demais para uma criança esquecer.
Casos assim são um soco no estômago. Lembram a todo mundo que a violência, especialmente a sexual contra menores, é uma chaga real e presente, até nas cidades do interior onde todo mundo se cumprimenta na rua.
A prisão é um passo. Um passo importante, vitálico. Mas é só o começo de uma longa batalha judicial que ainda vai acontecer. Enquanto isso, a menina e sua família tentam, um dia de cada vez, reconstruir o que foi quebrado.