
Era pra ser mais uma sexta-feira comum no bairro Jardim das Palmeiras, em Sertãozinho. Mas o que aconteceu por volta das 23h30 do dia 5 de setembro vai deixar uma ferida permanente na comunidade.
Dorivaldo Alves Ferreira, 58 anos — pintor conhecido por seu sorriso fácil e amor pela vida — foi brutalmente espancado até a morte. O agressor? Um adolescente de apenas 17 anos, seu próprio vizinho.
"Era uma explosão de vida", conta uma familiar, ainda em choque. "Amava viver, amava as pessoas, sempre disposto a ajudar. Não consigo entender como alguém faria isso com ele."
Segundo a polícia, tudo começou com uma discussão aparentemente banal. O adolescente — que não pode ser identificado por ser menor — teria invadido a propriedade de Dorivaldo e iniciado a agressão. A violência escalou rápido, muito rápido.
Os detalhes que chocam
Testemunhas disseram à polícia que o jovem estava alterado, muito alterado. Não contente com a primeira agressão, ele saiu, voltou com uma enxada e continuou o espancamento. Um ataque de fúria pura, sem piedade.
Quando a Polícia Militar chegou, encontrou Dorivaldo já sem vida. O adolescente foi preso em flagrante — manchas de sangue nas roupas, a enxada ainda por perto. Não demonstrava qualquer arrependimento.
"Cena devastadora", comentou um dos policiais que atendeu a ocorrência. "Dificilmente esquecemos casos assim, especialmente quando a vítima é alguém tão querido na comunidade."
O que acontece agora?
O adolescente foi levado para a Delegacia da Juventude em Ribeirão Preto. Como é menor de idade, a Justiça determinará as medidas sócio-educativas apropriadas. Mas pra família de Dorivaldo, nenhuma medida trará de volta o homem que era "o coração da família".
Vizinhos ainda tentam processar o acontecido. Como alguém que convivia pacificamente ao lado por anos suddenly explode em tamanha violência? Perguntas que ficam no ar, sem respostas fáceis.
Enquanto isso, Sertãozinho chora a perda de mais uma vida para a violência inexplicável. Dorivaldo deixa filhos, netos e uma comunidade que lembrará sempre sua alegria contagiante — não a brutalidade que terminou com sua vida.