
Era pra ser mais uma corrida qualquer. Mas o que começou como um trajeto rotineiro em Uberlândia (MG) se transformou num pesadelo para uma adolescente de 17 anos. O motorista de aplicativo — que deveria ser profissional — cruzou todos os limites.
Segundo o relato da vítima à polícia, o homem não se contentou em apenas dirigir. Primeiro, fez comentários desconfortáveis. Depois, sem qualquer cerimônia, convidou a menor para um motel. Como se não bastasse, ainda perguntou se ela 'queria ver o pênis dele'.
O relato que chocou
"Eu só queria chegar em casa", contou a jovem, ainda abalada. O motorista, segundo ela, insistiu tanto que ela precisou fingir que ia descer em outro lugar — só pra escapar da situação constrangedora.
Detalhe revoltante: em determinado momento, ele ainda tentou forçar um beijo. "Fiquei paralisada de medo", desabafou a adolescente.
O que diz a lei
Advogados especializados ouvidos pela reportagem foram claros: o caso configura importunação sexual, crime previsto no artigo 215-A do Código Penal. A pena? Pode chegar a 5 anos de prisão.
E tem mais: como a vítima é menor, a situação fica ainda mais grave. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não brinca em serviço quando o assunto é proteção aos jovens.
Como se proteger
- Sempre compartilhe sua rota com alguém de confiança
- Verifique placa e modelo do carro antes de entrar
- Desconfie de qualquer comportamento estranho
- Em situações de risco, peça ajuda imediatamente
O caso já está nas mãos da polícia. A empresa de aplicativos foi acionada e, em nota, afirmou que o motorista foi suspenso preventivamente. "Não toleramos esse tipo de conduta", garantiu o comunicado.
Enquanto isso, a adolescente tenta superar o trauma. "Ninguém deveria passar por isso", lamenta a mãe da jovem, que preferiu não se identificar. A família agora aguarda as próximas medidas da Justiça.