
O coração de uma mãe não cabe no peito quando o mundo desaba. Foi assim que Maria (nome fictício) descreveu os últimos dias, desde que sua filha de 15 anos — vamos chamá-la de Ana — saiu de casa na última sexta-feira (9) e simplesmente... sumiu. Sem aviso, sem explicação. Como se o chão tivesse engolido a adolescente no bairro de Paripe, em Salvador.
"Ela disse que ia encontrar uma amiga. Mentira comum de adolescente, né? Só que dessa vez...", a voz de Maria treme no telefone. O relógio marca 72 horas desde o último contato. "Meu mundo parou. Até o ar dói."
Detalhes que doem
Ana vestia calça jeans rasgada (aquela que a mãe sempre implicava) e uma blusa rosa choque — "cor berrante, igual ao jeito dela", lembra Maria entre soluços. A mochila era azul-turquesa, com adesivos de bandas que eu nem conheço. Detalhes mínimos que agora viram pistas.
A Delegacia de Desaparecidos (DDisc) já acionou o protocolo padrão: buscas nos arredores, contato com hospitais, checagem de câmeras. Mas Salvador não dorme, e cada hora é uma eternidade quando se trata de uma criança sumida.
O que dizem as autoridades
O delegado responsável — vamos chamá-lo de Silva — foi cautelosamente otimista ao R7: "Temos equipes a campo e já cruzamos dados com o sistema nacional". Mas entre as linhas, a preocupação: "Casos assim... bem, quanto mais rápido, melhor."
Enquanto isso, vizinhos organizam buscas voluntárias. "A gente vê ela crescer, entende?", diz Dona Marta, 68, enquanto distribui folhetos na feira livre. O bairro inteiro virou um quebra-cabeça de esperança e medo.
Como ajudar
- Informações: Qualquer detalhe, por menor que seja, deve ser repassado à DDisc pelo (71) 3116-7000
- Características: 1,58m, cabelos castanhos escuros, piercing no nariz
- Última roupa: Conjunto descrito acima e tênis All Star preto
Maria faz um apelo que corta a alma: "Se alguém viu ela... por favor. Ela gosta de abraços apertados e tem medo de escuro." Coisas que só uma mãe sabe. Coisas que transformam estatísticas em lágrimas.