
Imagine só: uma manhã comum, rotineira, transformada num pesadelo em questão de segundos. Foi exatamente isso que aconteceu com um aposentado de 74 anos — cujo nome a gente preserva aqui por questão de segurança — na tão falada comunidade de Paraisópolis, Zona Sul da capital paulista.
Era por volta das 8h30 desta terça-feira (3) quando dois marginais, montados numa moto e claramente à procura de uma vítima fácil, se aproximaram do idoso que caminhava tranquilamente pela Rua Itapiroca. O que se seguiu foi cena de violência gratuita que deixaria qualquer um de cabelo em pé.
Os bandidos — que hoje devem estar por aí, rindo da cara da justiça — não contentes em apenas roubar os pertences do senhor, resolveram dar uma de valentões. Agarraram o homem, já fragilizado pela idade, e literalmente o arremessaram contra o concreto duro da calçada. Uma queda brutal, daquelas que ecoa na alma de quem vê.
O resultado? Uma fratura séria no ombro direito, daquelas que não sara com um simples analgésico e repouso. O pobre coitado foi levado às pressas para o Hospital Municipal Vila Nova Star, onde os médicos confirmaram o óbvio: vai precisar de cirurgia, e a recuperação promete ser longa e dolorosa — tanto física quanto emocionalmente.
O que mais choca nisso tudo?
Além da covardia óbvia de atacar alguém que mal poderia se defender? É a sensação de que isso pode — e vai — acontecer de novo. A gente vive num país onde a violência contra a população idosa parece virar rotina, e as autoridades… Bem, as autoridades parecem mais preocupadas com outras coisas.
A Polícia Civil já foi acionada e abriu inquérito para investigar o caso. Mas convenhamos: quantos desses crimes ficam realmente resolvidos? Os meliantes fugiram — claro — e até agora não há pistas concretas sobre sua identidade. Surpresa? Nenhuma.
Enquanto isso, o aposentado enfrenta dores que vão muito além do físico. Há um medo que instala, uma sensação de vulnerabilidade que nenhum remédio consegue curar. E a gente aqui, só conseguindo pensar: até quando?