Idoso condenado por estupro de vulnerável é preso dentro do INSS em Santarém — veja detalhes
Idoso condenado por estupro é preso no INSS em Santarém

Numa cena que parece saída de roteiro policial, um idoso de 70 anos — cujas mãos já deveriam estar marcadas pelo peso da condenação — foi algemado dentro de uma agência do INSS em Santarém, no oeste do Pará. O motivo? Uma sentença por estupro de vulnerável que ele tentava, literalmente, deixar pra trás.

Segundo fontes do sistema prisional, o homem, cujo nome não foi divulgado (mas cuja ficha corrida parece mais longa que fila de aposentadoria), cumpria pena em regime semiaberto em Rondônia. Só que, como diz o ditado, "o crime não fica quieto no canto".

Fuga interrompida

Enquanto tentava resolver — ironia das ironias — questões previdenciárias, os agentes penitenciários deram o bote. "Ele achou que poderia sumir no meio da papelada", comentou um funcionário do local, que preferiu não se identificar. A prisão aconteceu na última terça-feira (22), mas só veio à tona agora.

Detalhe macabro: a vítima do crime era uma adolescente de 14 anos. O caso original ocorreu em Vilhena (RO), mas a Justiça determinou a transferência para Santarém — onde, aparentemente, o réu pensou que poderia passar despercebido.

Reações na cidade

Na fila do pão, na pracinha, nos grupos de WhatsApp: o assunto virou polvorosa. "Um sujeito desses solto é um perigo ambulante", disparou Dona Maria, aposentada que frequenta a agência. Outros clientes relataram ter ficado "com a pele arrepiada" ao saber do ocorrido.

O Ministério Público Federal emitiu nota lembrando que "condenados por crimes dessa natureza não têm direito ao esquecimento". Já a Defensoria Pública alega que o idoso cumpria todas as regras do regime semiaberto. Mas, convenhamos, tentar acessar benefícios públicos com as mãos sujas de crime hediondo? No mínimo, falta de noção.

Agora, o septuagenário responde por descumprimento de pena e deve ser transferido de volta a Rondônia. Enquanto isso, o caso reacende o debate sobre monitoramento de condenados — e como o sistema, às vezes, parece ter mais brechas que o código de um programador iniciante.