Tragédia na Zona Leste: Homem em Situação de Rua é Executado a Tiros em Teresina
Homem em situação de rua executado a tiros em Teresina

Era pra ser mais uma noite qualquer na Zona Leste de Teresina, mas o silêncio da madrugada de sábado foi quebrado por disparos que ecoaram com uma frieza de cortar a alma. Um homem – nome ainda desconhecido, rostos invisíveis nas calçadas da cidade – foi executado sumariamente. A cena que se seguiu foi daquelas que ficam gravadas na memória de quem vê: o corpo estirado no chão, a vida escapando entre o asfalto e o descaso.

Segundo testemunhas que preferiram não se identificar (quem se arriscaria, né?), tudo aconteceu por volta das 23h30, nas proximidades do Conjunto Primavera. Os tiros – não foram poucos – soaram como sentença. Ninguém viu direito, ninguém sabe dizer de onde vieram. O medo, esse sim, era visível nos olhos de quem ouviu.

A Polícia Militar chegou rápido, mas rápido mesmo foi o autor – ou autores – do crime. Sumiu no breu da noite, deixando pra trás apenas o horror e um homem sem nome, sem história, sem chance. A perícia fez o que pôde: marcaram as cápsulas, mediram distâncias, procuraram pistas onde parece só haver vazio.

Mais um número?

É difícil não pensar nisso. Um homem em situação de rua… quantos passam despercebidos até que a violência os alcance? A gente segue pela cidade, desvia o olhar, ignora. Até que uma notícia dessas estampa a tela do celular e a gente para por cinco segundos. Cinco.

O IML removeu o corpo – agora é evidence, caso, número de protocolo. A delegacia responsável já abriu inquérito, mas convenhamos: investigar crimes assim é como procurar agulha no palheiro. Sem testemunhas, sem câmeras, sem pressa.

Enquanto isso, a comunidade do Primavera segue assustada. Moradores falam em aumentar grades, trancar portões, não sair de noite. Medo gera medo, violência chama violência – e o ciclo não quebra. Até quando?

O que se sabe até agora é pouco, muito pouco. Homem. Tiros. Morte. Rua. Mais uma vida interrompida brutalmente numa cidade que, como tantas outras, parece estar perdendo pedaços da própria humanidade.