
Era para ser um gesto de solidariedade, mas virou pesadelo. Um bando de aproveitadores está tirando proveito da vulnerabilidade de idosos no Rio, usando como isca — acredite — cestas básicas. Sim, aquelas que deveriam aliviar a fome.
O esquema é tão cruel quanto simples: chegam se passando por assistentes sociais ou representantes de programas governamentais. "Dona Maria, a senhora foi selecionada pra receber uma cesta básica", dizem, com sorriso de gato que lambeu creme. Só que, pra "liberar o benefício", pedem documentos pessoais. E adivinha? Alguns dias depois, a conta bancária da vítima está mais vazia que estádio em dia de jogo do Botafogo.
Modus Operandi que Pega Desprevenidos
Os golpistas agem principalmente em bairros da Zona Norte e Oeste, onde:
- Fazem abordagem porta a porta ou em pontos de ônibus
- Usam crachás falsos e linguagem técnica pra parecerem oficiais
- Exploram a dificuldade de idosos com tecnologia — "precisamos confirmar seus dados no sistema"
E o pior? Quando a vítima percebe o golpe, geralmente já era. "Minha aposentadoria sumiu como pipa sem linha", contou um senhor de 72 anos, ainda tremendo de raça.
Como Se Proteger Desse Golpe?
Se tem uma coisa que esses bandidos não esperam é gente informada. Anota aí:
- Nunca entregue documentos pra desconhecidos
- Programas sociais sérios não pedem senhas bancárias
- Desconfie de "urgências" — governo não faz entregas relâmpago
- Se oferecerem ajuda, peça pra ligar no órgão oficial pra confirmar
E olha só: a Delegacia do Idoso já está com as garras de fora. "É revoltante ver essa malandragem com quem já deu tanto ao país", disse um delegado que prefere não se identificar — afinal, bandido também lê jornal.
Enquanto isso, vizinhos estão se organizando em grupos de WhatsApp pra avisar sobre abordagens suspeitas. Porque no jogo da segurança, como diz meu avô, "é melhor prevenir do que chorar o dinheiro do remédio".