
Era uma terça-feira comum em Ponta Grossa até que o inesperado aconteceu. Por volta das 15h, o silêncio da Rua XV de Novembro foi quebrado por gritos vindos de um salão de beleza — o tipo de cena que ninguém espera encontrar no centro da cidade.
Segundo relatos, um empresário do ramo da beleza, de 52 anos, teria atirado contra uma jovem de 28 que vivia nas ruas. "Ela entrou pedindo ajuda, mas minutos depois ouvi os disparos", conta uma vizinha que prefere não se identificar — o medo é compreensível numa situação dessas.
Duas versões para uma tragédia
O que se sabe até agora:
- O empresário alega que a jovem o atacou com uma faca
- Testemunhas afirmam que a vítima apenas pedia comida
- A arma do crime — um revólver calibre 38 — estava registrada
Curiosamente (ou convenientemente), as câmeras de segurança do estabelecimento "estavam desligadas para manutenção". Coincidência? A polícia trabalha para descobrir.
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso virou polêmica. De um lado, quem defende o direito à legítima defesa. De outro, quem questiona: "Até onde vai o 'direito' de atirar primeiro e perguntar depois?"
O que dizem as autoridades
O delegado responsável pelo caso foi cauteloso em suas declarações: "Estamos analisando todas as possibilidades. A versão do empresário está sendo apurada, assim como os relatos das testemunhas". A vítima, cujo nome não foi divulgado, tinha histórico de problemas mentais — detalhe que complica ainda mais a situação.
O empresário, após prestar depoimento, foi liberado. A Promotoria já anunciou que vai acompanhar o caso de perto. Enquanto a justiça não decide, uma pergunta fica no ar: quantos casos como esse ainda vão acontecer antes que a sociedade encontre soluções melhores para a crise de moradia e saúde mental?