
O coração de uma família acreana foi dilacerado nesta sexta-feira, 5, por uma daquelas tragédias domésticas que a gente nunca imagina que vai acontecer com a gente. Uma tarde como qualquer outra, sabe? Até que, num piscar de olhos, tudo virou de cabeça para baixo.
Uma menina, só dois aninhos de vida—mal tinha começado a explorar o mundo—se viu atraída pelo cachorro da família. O instinto de pequena aventureira falou mais alto. Num impulso, ela saiu correndo atrás do bicho, direto para a rua. E foi aí, naquele instante fugaz e brutal, que um carro passava.
O motorista, segundo as primeiras informações, nem teve tempo de reagir. Como reagir a algo tão repentino, tão… inocente? A pequena não resistiu aos ferimentos. A brincadeira virou luto num segundo.
O caso aconteceu por volta das 18h, na Rua Antônio da Rocha Viana, no bairro Vila Acre, em Rio Branco. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas, infelizmente, só pôde constatar o óbito. Não há palavras que consigam traduzir a dor dos pais—o desespero mudo, a culpa que não deveriam carregar, a vida que desmorona.
É um daqueles alertas que a gente ouve sempre, mas acha que nunca vai ser conosco. Criança pequena, olho vivo, portão fechado… mas quantas vezes a distração é um convite à fatalidade? A Polícia Militar registrou a ocorrência e vai investigar os detalhes, mas a verdade é que nenhum processo vai trazer de volta a vida que se foi.
O Acre chora mais uma morte evitável. A comunidade do Vila Acre está em choque—vizinhos, amigos, todos se perguntando como foi possível. A gente segue, dia após dia, achando que perigo é algo distante, até ele bater à nossa porta sem avisar.
Que essa história sirva, no meio de tanta tristeza, como um lembrete angustiante: vigilância nunca é demais quando o assunto são nossos pequenos.