
Imagina a cena: uma moto, um carro, o barulho seco do metal colidindo. E depois, o inacreditável. O motociclista, após o impacto, vai parar... não no asfalto, mas no teto do veículo que acabara de atingi-lo. E o motorista, sabe o que ele fez? Simplesmente seguiu viagem. Como se carregar uma pessoa no teto do carro fosse a coisa mais normal do mundo.
Isso não é roteiro de filme de terror. Aconteceu de verdade, na BR-470, em Santa Catarina, e o motociclista foi transportado por seis quilômetros nessa situação surreal. Só caiu quando o condutor, finalmente—talvez percebendo a aberração que estava cometendo—freou bruscamente numa rotatória.
O Susto e a Busca por Justiça
O que se passa na cabeça de alguém que faz isso? A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está aí para descobrir. Eles já identificaram o carro envolvido nesse episódio bizarro—um Honda Civic de cor escura. Agora, a caça é pelo motorista, que cometeu uma série de infrações gravíssimas, pra não dizer algo muito pior.
O motociclista, um homem de 41 anos, teve a sorte—se é que podemos chamar assim—de escapar com vida. Ele sofreu escoriações pelo corpo e um baita susto, mas foi levado para o hospital e passa bem. O que não se cura tão fácil é o trauma de ser arremessado como um objeto e levado numa montanha-russa involuntária a 100 km/h.
Uma Sequência de Erros Absurdos
Vamos reconstruir a sequência alucinante dos fatos, que beira o inconcebível:
- A colisão: O Civic, tentando fazer uma ultrapassagem pela direita—já uma manobra proibida e perigosa—acerta a moto na lateral.
- O arremesso: A força do impacto projeta o motociclista para cima, e ele vai parar, inexplicavelmente, no teto do carro.
- A fuga (a pior parte): Em vez de parar horrorizado, o condutor pisa no acelerador e some levando a 'prova' do crime junto com ele.
- O percurso: Seis quilômetros. O homem ficou agarrado ao teto, exposto a tudo, por toda essa distância.
- Queda: Só parou numa rotatória, em Apiúna, quando o motorista freou e o motociclista finalmente rolou para o chão.
A PRF foi categórica: o condutor vai responder por não prestar socorro e por dirigir de forma ameaçadora. E olha, depois de uma cena dessas, é difícil não pensar em outros crimes mais graves.
O caso, que mais parece uma lenda urbana, serve de alerta máximo para o que acontece nas estradas quando o ser humano perde completamente a noção. O civismo, a empatia, o básico... tudo foi deixado pra trás, junto com o motociclista no asfalto.