Homem é denunciado por atirar pedra em ônibus e ferir passageira no rosto em SP; caso choca cidade
Homem denunciado por apedrejar ônibus e ferir passageira em SP

Imagine estar voltando para casa depois de um longo dia de trabalho, dentro de um ônibus, e de repente... vidraças estilhaçando, gritos, sangue. Foi exatamente esse cenário de pesadelo que se abateu sobre passageiros de um coletivo na Zona Leste de São Paulo, num episódio que mistura violência gratuita e sorte — muita sorte — de não ter terminado em tragédia.

O Ministério Público paulista acabou de formalizar a denúncia contra um homem de 27 anos, acusado de ser o autor desse ataque insano. Tudo aconteceu no começo de abril, por volta das 19h30, na Avenida Nordestina, no tradicional bairro do Belém.

A vítima, uma mulher de 42 anos, levou a pior. Ela não teve como se proteger quando estilhaços de vidro voaram feito projéteis após o impacto. O resultado? Cortes profundos no rosto — um deles perigosamente próximo ao olho — e um trauma que, convenhamos, nenhuma terapia apaga rápido.

Não foi acidente, foi intencional

Eis o que mais revolta: as investigações da Polícia Civil indicam que a pedrada foi deliberada. O sujeito não estava na rua, mas sim dentro de casa, num prédio vizinho à avenida. Ele teria atirado a pedra da janela do próprio apartamento. Que nível de desprezo pela vida alheia, não?

O promotor que assina a denúncia foi direto: o cara responde por tentativa de homicídio qualificada. A justificativa? O jeito covarde de agir (sem chance de defesa para a vítima) e um recurso que facilitou o crime — no caso, usar uma pedra como arma. Sério, parece roteiro de filme de terror, mas é a pura realidade das nossas cidades.

Além do físico, o psicológico

A passageira, claro, precisou de atend médico imediato. Os cortes foram suturados, mas a marca — física e emocional — ficou. Quem sobrevive a uma coisa dessas fica com medo de andar de ônibus, de passar por aquela rua, de ouvir o barulho de vidro quebrando. É um rastro de ansiedade que ninguém merece carregar.

E olha, o inusitado aqui nem é a violência no trânsito — infelizmente, já estamos (quase) acostumados. O espantoso é a frieza de quem comete o ato. Do conforto do lar, transforma um objeto banal numa arma. É de gelar a espinha.

O processo agora segue na 1ª Vara Criminal do Belém. O acusado, que já teve a prisão preventiva decretada antes (e depois revogada), terá de se explicar à Justiça. Resta torcer para que a lei seja rápida e exemplar. Porque senão, vai ficar aquele gosto amargo de impunidade — e a certeza de que amanhã pode ser qualquer um de nós no próximo ônibus.